Medo? Cartaxo diz que PMJP está fora, mas corre para se defender nos autos da Operação da Polícia Federal
Apesar de o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) tentar passar para opinião pública a informação de que a gestão municipal de João Pessoa não tem relação alguma com a suspeita de corrupção milionária nas obras da Lagoa, do Parque Solon de Lucena, idealizada pela própria prefeitura da Capital, a procuradoria do município ingressou com um pedido para se habilitar no processo com a justificativa de se defender.
A solicitação foi deferida e agora a gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) vai tentar explicar às autoridades o paradeiro de milhões, de superfaturamento e de pagamentos indevidos para serviços não executados a empresa responsável pelo serviço.
Na semana passada, em entrevista, o prefeito chegou a dizer que a investigação “não pegava” a prefeitura de João Pessoa. A gestão, segundo ele, era transparente, todavia, até agora, conforme laudos da Polícia Federal e relatório de fiscalização da Controladoria Geral da União, a obra foi superfaturada e o rombo chega a mais de R$ 10 milhões.
Em tempo
No inquérito 152/2016, as fls. 165, consta o deferimento de habilitação dos advogados da COMPECC, bem como do PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA. A habilitação foi extensível aos IPL 152/2016, 153/2016, 154/2016.
Assim decidiu a magistrada sobre pedido de habilitação da PMJP:
“DEFIRO TAMBÉM A HABILITAÇÃO DA PROCURADORIA DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA, PESSOA JURÍDICA BENEFICIÁRIA DA OBRA QUE TERIA SIDO ATINGIDA PELO SUPOSTO SUPERFATURAMENTO. DE IGUAL MODO, EXTENSÍVEL AOS IPL 152/2016, 153/2016, 154/2016”.
Em xeque
Como o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) afirma que as investigações não recaem sobre a PMJP, o questionamento que fica é o porquê de o gestor ter respondido a dois ofícios ao Delegado da Polícia Federal, bem como requereu habilitação nos autos, através do Procurador do município?
Os documento abaixo, obtidos pelo PB Agora, comprovam que não é novidade que a prefeitura de João Pessoa é parte do processo.
PB Agora