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Casa Civil instaura sindicância para investigar denúncias

O ministro interino da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, assinou nesta sexta-feira (17) uma portaria que instaura uma sindicância para apurar as denúncias envolvendo servidores da pasta. A sindicância, contudo, não abrange a ex-ministra da pasta Erenice Guerra, uma vez que Erenice não é servidora pública. Por conta das denúncias, Erenice pediu demissão da pasta na última quinta-feira.

Em nota divulgada nesta noite, a Casa Civil informa que a sindicância terá o objetivo de investigar as denúncias que foram feitas pela revista “Veja” e pelo jornal “Folha de S.Paulo”. Pelas denúncias, o filho da ex-ministra, Israel Guerra, teria negociado, mediante pagamento de comissão, contratos de uma empresa privada com os Correios e liberação de crédito para outra empresa pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a Casa Civil, a comissão criada nesta sexta-feira terá 30 dias para apresentar a conclusão dos trabalhos.

Funcionário da Casa Civil citado em denúncias pede demissão Comissão de Ética da Presidência aplica ‘censura ética’ a Erenice Guerra ‘Não é normal’ investigar existência de parentes no governo, diz ministro Consultor diz ter alertado Casa Civil sobre cobrança de propina Desde que as denúncias de tráfico de influência vieram à tona, dois servidores da Casa Civil já pediram demissão, além da ministra-chefe da pasta. O último a deixar o cargo na tarde desta sexta foi funcionário do Palácio do Planalto Stevan Knezevic. Ele trabalhava no Centro Gestor e Operacional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), órgão subordinado à Casa Civil. Segundo a assessoria do Sipam, o servidor voltará ao órgão de origem, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O primeiro servidor a sair do governo foi Vinícius de Oliveira Castro, que entregou sua carta de demissão na última segunda (13). Na ocasião, ele disse que sairia para se defender das acusações. Nesta quinta (16),a ministra Erenice Guerra pediu demissão.

Ainda nesta sexta, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma “censura ética” à ex-ministra da Casa Civil. A comissão também decidiu, por unanimidade, converter o processo de apuração preliminar das denúncias contra Erenice em um processo de apuração ética. Com a decisão, fica oficialmente instaurado o procedimento de investigação da ex-ministra.

G1

 

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