O senador Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) em conversa com o presidente Michel Temer disse que o presidente sinalizou estar aberto para discutir alguns pontos da Reforma da Previdência, durante reunião com parlamentares governistas na noite da última terça -feira, 28. Ainda segundo tucano o desgaste sofrido por Temer junto à população se deve à falta de uma escala de revezamento de líderes e membros do partido na tribuna.
O presidente teria admitido a criação de uma comissão de sistematização tripartite – com representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário – para discutir esses aspectos da reforma. Temer também reconheceu que “houve problemas na comunicação” do governo sobre a reforma. “Do lado dos senadores há um consenso em relação à necessidade de uma melhor comunicação disso tudo. Está se perdendo essa guerra de comunicação”, avaliou o senador.
O presidente teria feito comentários a Cássio sobre a predominância dos discursos da oposição na Câmara contra a reforma, frente ao silêncio de muitos governistas. “Eu disse que aqui no Senado estamos seguindo o mesmo caminho. Está faltando escala de revezamento de líderes e membros do partido na tribuna. O problema não é só no plenário, mas também o conjunto de inverdades que circulam na internet”, avaliou Cássio a Temer.
Temer teria dito que a oposição “começou” com discurso do golpe, em decorrência do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, depois contra a reforma do Ensino Médio, em seguida PEC do teto de gastos, e todos teriam sido enfraquecidos após a aprovação das propostas no Congresso. “Ele considera que vai ser mesma coisa quando a reforma da Previdência for aprovada, o discurso da oposição vai perder força e vão ter que procurar outro tema.”
Durante a reunião, hoje, o senador Cidinho Santos (PR-MT) sugeriu que Temer sancionasse “o mais rapidamente possível” a proposta da terceirização, mas o peemedebista não comentou o assunto. “Houve um consenso dos senadores de que Temer tem que sancionar esse projeto o mais rápido possível. O projeto de terceirização aprovado na Câmara ficou engavetado aqui dois anos. Agora que a Câmara aprovou outra proposta, querem votar o que está no Senado a toque de caixa, querem promover o bis lex, uma lei dupla”, criticou Cássio.
PB Agora