O ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) indicou o genro, Evaldo Cavalcanti da Cruz Neto, para assumir a superintendência da Sudene. Casado com a única filha do ex-parlamentar, Marcela Cunha Lima, Evaldo substitui o empresário caruaruense Douglas Cintra. A indicação teria sido feita pelo deputado Pedro Cunha Lima, atendendo a um pedido do pai.
Cássio já assumiu o cargo de superintendente do órgão de 1992 a 1994.
O novo superintendente da Sudene é advogado e neto do ex-prefeito de Campina Grande, Evaldo Cavalcanti da Cruz. A nomeação do paraibano já foi assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
Veja o ato:
Cássio na Sudene – Ao concluir o seu primeiro mandato de prefeito de Campina Grande, em 1992, Cássio foi indicado por articulação do seu pai o ex-governador Ronaldo Cunha Lima, como superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), cargo pelo qual ocupou de 1992 a 1994.
Lembre o caso Gulliver – O ex-governador Ronaldo Cunha Lima (1936-2012) em 1993 atirou 2 vezes à queima-roupa em um adversário político, Tarcísio de Miranda Burity dentro do Restaurante Gulliver, em João Pessoa. Os tiros atingiram a boca e o tórax de Buriti, que sobreviveu ao atentado.
O motivo teriam sido acusações de corrupção feitas no dia anterior por Burity contra o filho de Ronaldo Cunha Lima, Cássio Cunha Lima, à época superintendente da Sudene.
Entenda o passado de Cássio na Sudene – Em pesquisa realizada pela própria Sudene em 1992 também ficou patente a tendência já apontada de privilegiar as grandes indústrias, com destaque para o setor químico e metalúrgico, em geral com capital vindo de fora da região. De acordo ainda com esses dados acionistas do sudeste controlavam 50% do capital social das empresas beneficiadas pela Sudene, enquanto o capital local detinha 39%.
Em 1993, uma auditoria do Tribunal de Contas novamente indicou a existência de casos de corrupção envolvendo a Sudene, que na época era presidida por Cássio Cunha Lima (PMDB-PB). Essas denúncias repercutiram na imprensa, o que teria provocado, inclusive, uma tentativa de assassinato. Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), acreditando que a fonte das denúncias era o ex-governador da Paraíba, Tarcísio de Miranda Burity, tentou matá-lo no dia 5 de agosto de 1993. Nove anos depois os sócios da empresa Sampa S/A foram condenados à pena de reclusão pela Justiça Federal por terem participado de um esquema que desviou mais de meio milhão de reais justamente durante a gestão de Cássio Cunha Lima.
Em janeiro de 1994, Cassio Cunha Lima foi afastado da Sudene, tendo sido substituído pelo General Nilton Moreira Rodrigues, cuja gestão do General foi marcada por uma tentativa de moralização. Veja mais clicando aqui!
Redação com dados da FGV
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