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A primeira pergunta que faço é a seguinte: o campinense terá coragem de derrotar o filho do senador Cássio Cunha Lima? A segunda é: Cássio vai tirar de Romero Rodrigues a chance de disputar a prefeitura de Campina? Ora, Romero é hoje o candidato com maior potencial de crescimento e menor rejeição. Sendo assim, uma chapa com Romero prefeito e Diogo vice, faz dos candidatos de Veneziano meros figurantes nas eleições de 2012.
Não preciso lembrar que a eleição campinense tende a ser de Oposição. Veneziano faz cumprir a velha máxima de que todo segundo mandato é ruim. Com uma avaliação de governo péssima, o cabeludo de Campina tenta, mas não consegue emplacar um candidato com densidade eleitoral. Prova disso é que hoje a melhor alternativa para Veneziano é a deputada Daniella Ribeiro, até poucas semanas atrás opositora ferrenha ao prefeito.
Veneziano centralizou tanto a administração de Campina que não conseguiu criar um sucessor (ou sucessora). Característica comum a governos personalistas, de fazer inveja ao camarada Joseph Stalin. Tal prática é bem parecida com a do governador Ricardo Coutinho, famoso por centralizar as ações politicas em torno de si.
A verdade é que, com todo o poder municipal, Veneziano não conseguiu criar nenhum sucessor. Apela hoje pela a neófita Tatiana Medeiros. Desprezando antigos companheiros políticos como o deputado Alexandre Almeida e o vice-prefeito Zé Luiz, Veneziano mostra que não difere muito de Maranhão em sua prática política. Ou seja: para aliados antigos, nada. Para os novos, tudo!
Voltando ao assunto central, sabemos que Diogo Cunha Lima desponta nas pesquisas, mas apenas por ser o filho do homem (Cássio). Sem postura política própria, Diogo se torna uma candidatura facilmente destrutível pelo marketing político, pois não terá a mesma consistência e experiência de Romero Rodrigues, ex-secretário, ex-vereador, ex-presidente da Câmara Municipal de Campina, ex-deputado estadual e agora deputado federal. Mas como candidato a vice-prefeito, Diogo torna-se o trunfo que a Oposição precisava. Pois para o campinense, Diogo passa a representar a figura do próprio Cássio Cunha Lima na eleição.
2012 bate na porta.
