Categorias: Política

Cícero pede atenção do governo à seca

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 Em discurso nesta terça-feira (26), o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) pediu
a atenção do governo federal à situação dos paraibanos no enfrentamento da
seca na região. Segundo o senador, um levantamento Agência Executiva de
Gestão de Água da Paraíba (Aesa) mostrou que 50 açudes estão com volume
abaixo de 20% no estado. O mesmo estudo apontou que há 34 mananciais em
observação, com capacidade abaixo de 20%, e outros 16 com menos de 5% de
água.

 

-Enquanto a chuva não vem, apelo para o governo central. Apelo para a
necessidade de destravar a burocracia, para dar celeridade às ações de
ajuda ao sertanejo.

 

Na opinião de Cícero, é preciso reforçar o programa de distribuição de
água, completar a obra de transposição do rio São Francisco, negociar as
dívidas de produtores e criar uma política de crédito rural específica para
os agricultores do semiárido.

 

O senador disse que está prevista uma visita da presidente Dilma Rousseff à
Paraíba nos próximos dias. Ele pediu que a presidente visite também as
cidades mais atingidas pela seca, para conhecer a realidade do pequeno
produtor.

 

*Dom Eraldo*

O senador também destacou a posse, no último dia 16, de dom Eraldo Bispo da
Silva como pastor da Igreja Católica de Patos (PB). Cícero contou que dom
Eraldo tratou, em sua primeira homilia, dos problemas do cotidiano do
homem, com destaque para a forma como o sertanejo enfrenta a seca no
Nordeste. Dom Eraldo, de 46 anos, chamou a atenção para as dificuldades da
falta d’água e da falta de sensibilidade das autoridades públicas.

 

De acordo com o senador, o bispo pediu incentivos às atividades de geração
de renda, métodos de combate à seca e parcerias sem interesses políticos.
Cícero leu um trecho da homilia de dom Eraldo, em que o bispo dizia que
conhece “as dificuldades das intempéries do sertão. (…) No entanto, o que
mais me dói é a indiferença daqueles que não se movem para aliviar o
sofrimento desses bravos sertanejos. (…) A pior seca é a falta de
solidariedade e a indiferença ao sofrimento dos nossos irmãos e irmãs menos
favorecidos”.

 

-É necessário que as instâncias competentes olhem com amor para este chão
que precisa de providências que favoreçam a manutenção digna dos
trabalhadores e trabalhadoras. Este pensamento me aproxima da palavra
cantada pelo inesquecível rei do baião Luiz Gonzaga que disse: Uma esmola
ou envergonha ou vicia o cidadão, reproduziu Cícero.

 

*Agência Senado*

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