Ao analisar a proposta recente do ministro da Casa Civil do Governo Federal, Onyx Lorenzoni (DEM/RS) de oferecer um extra de R$ 40 milhões em emendas parlamentares até 2022 a cada deputado federal que votar a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara, a deputada estadual Cida Ramos (PSB) lembrou que a atual proposta da reforma é uma das mais cruéis apresentadas contra os mais pobres.
“Essa reforma não ataca os privilégios, ela ataca os mais pobres. É uma reforma muito difícil de ser aprovada no Congresso, mesmo com essa liberação de verbas para os deputados. Eu tenho certeza que eles (deputados federais) precisam ouvir as vozes das ruas, pois as pessoas estão muito preocupadas e revoltadas como a forma que vem sendo feito esse processo”, disse Cida sobre o que considera uma barganha política essa oferta de cooptação do governo Bolsonaro com os parlamentares.
O valor desses R$ 40 milhões representa um acréscimo de 65% nos R$ 15 milhões em emendas parlamentares a que cada deputado tem direito por ano para obras e investimentos de infraestrutura em seus redutos eleitorais. Com os R$ 10 milhões extras por ano, esse valor pularia para R$ 25 milhões.
Cida Ramos (PSB) declarou que é necessário explicar aos milhões de trabalhadores anônimos que vivem de seu trabalho que a reforma é contra eles. “É preciso dizer bem alto: esta reforma da previdência não é contra as desigualdades. Isso é fake news. Na verdade, o principal objetivo desta reforma da previdência, através da passagem do sistema de repartição para capitalização, é acabar com a previdência pública, acabar com a seguridade social no Brasil, e engordar os lucros dos grandes bancos”, ressaltou.
Redação
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