O início dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), da Câmara dos Deputados e do Senado, foi analisado pelo professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cientista político, Lúcio Flávio, que analisou as composições das três Casas.
De acordo com ele, com relação ao Senado, a Paraíba, pela primeira vez, elegeu uma mulher. Esse fato já é, por si só, relevante. A senadora Daniela Ribeiro (Progressista), que já fora deputada estadual, é de uma família de larga tradição política. Seu pai foi prefeito de Campina Grande, sua mãe foi prefeita de Pilar e seu irmão foi ministro das Cidades no governo Dilma, líder do governo Temer e é, atualmente, deputado federal. “Espera-se que a senadora paute temas específicos das mulheres, principalmente mais leis específicas sobre mercado de trabalho e combate à violência e à discriminação”, disse.
Na Câmara, temos o retorno do deputado federal Ruy Carneiro que, em mandato anterior, liderou a discussão de medidas de combate e prevenção do câncer. Pelo menos dois deputados federais estão em primeiro mandato e chamam a atenção por sua trajetória. O primeiro é o Frei Anastácio.
Com uma longa tradição na luta em defesa dos sem-terra e dos camponeses da Paraíba, o Frei promete continuar com essa bandeira de luta, agora atuando em dimensão nacional. O segundo deputado que chama a atenção é o estreante Julian Lemos. Ele nunca havia ocupado cargo eletivo. Foi um dos organizadores da campanha do presidente Jair Bolsonaro no Nordeste e consagrou- se nas urnas dentro da onda de renovação que o eleitorado exigiu. Por suas últimas declarações, promete fazer oposição cerrada contra o grupo político liderado pelo ex-governador Ricardo Coutinho e na Câmara lutar por mais saúde, educação e principalmente segurança para os brasileiros.
Na Assembleia Legislativa, o professor destacou o crescimento da bancada do PSB, partido do governador João Azevêdo. “Também vimos que a bancada oposicionista, reforçada por novos deputados como Eduardo Carneiro, o delegado Walber Virgulino, o Cabo Gilberto e Moacir Rodrigues fará uma ferrenha oposição, iniciando com o pedido de abertura de uma CPI para investigar o escândalo da Cruz Vermelha, que alcançou dimensão nacional.
Redação
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