O professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cientista político, Lúcio Flávio, disse que para compensar a falta de tempo de rádio e televisão, as candidaturas terão que usar maciçamente as redes sociais para atingir o máximo de eleitores, no intuito de tentar reverter o quadro desfavorável.
“Mas não podemos esquecer que, mesmo as grandes coligações tendo mais tempo de propaganda, também lançarão mão das redes sociais para maximizar seus votos. Sendo assim, aqueles candidatos que têm mais recursos para contratar empresas especializadas, técnicos de redes sociais e marqueteiros terão, mais uma vez, chances sobre os demais”, destacou o professor.
Para Lúcio Flávio, o tempo de rádio e televisão é decisivo na campanha eleitoral, principalmente este ano, quando o período de campanha é de apenas 45 dias. “Por isso as candidaturas precisaram formar uma aliança com o maior número possível de partidos. Não por uma questão ideológica ou programática, mas sim visando ampliar a quantidade de tempo para o rádio e a televisão”, revelou.
Ele lembrou que as eleições presidenciais nos últimos 20 anos ganharam os dois partidos que tinham mais tempo de rádio e TV. O PSDB (1994 e 1998) e o PT (2002, 2006, 2010 e 2014). “Lembrando que Fernando Henrique Cardoso tinha mais tempo e Lula e Dilma o segundo em mais tempo em 24 anos. A única exceção foi a eleição de 1989, quando Lula e Collor tinham pouco tempo e foram para o segundo turno”, frisou.
Embora uma pesquisa do Ibope de novembro do ano passado tenha mostrado que, pela primeira vez, a internet será o fator mais influente para o eleitor definir o voto à presidência da República, de acordo com os próprios eleitores ouvidos, marqueteiros são enfáticos ao dizer que as redes sociais não funcionam como uma “varinha mágica”. Segundo o levantamento, 56% dos brasileiros disseram que as redes sociais terão algum grau de influência na escolha do candidato – 36% acham que elas terão muita influência.
Redação
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