‘Politica é coisa de família’, para muitos candidatos nestas eleições municipais na Paraíba, o termo se aplica bem. Apesar de estar vigente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma decisão em que pesa a inelegibilidade de cônjuge e parentes para sucessão do titular de cargo de chefe do Executivo, a prática de indicar parentes no Brasil ainda pode ser vista. Para professor Augusto Teixeira, que leciona na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), apesar de permitido pela legislação, caso não seja o prefeito atual a indicar seu parente, o gesto não é um bom indicativo nas nações democráticas.
“Assumir um cargo público, especialmente eletivo, envolve a responsabilidade de agir como gesto público, no qual o interesse republicano deveria constar como a prioridade. Ao termos a vinculação e proximidade entre parentes em diversas chapas, a percepção do público se mistura com a do privado, do ambiente familiar e da comunidade de interesses mais ampla”, comentou Augusto Teixeira.
Na Paraíba, vemos casos como no Congo, o candidato à prefeitura Romualdo Quirino tem candidata de vice em sua chapa a própria esposa, Flávia Quirino. Ambos são do PSB que não se coligou com outra legenda nessa disputa. Mesma situação encontrada na cidade de Gurjão, onde o PTC lançou os irmãos Aildo Brito e Alberto Brito (Beto Eletricista) como candidatos a prefeito e a vice, respectivamente.
Já em Monteiro a chapa familiar envolve mãe e filha. A deputada federal Edna Henrique é candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada por sua filha, a médica Micheila Henrique. Ambas são do PSDB que lidera a coligação ‘Monteiro Unida Por Dias Melhores’ (Republicanos, PP, PDT, PSL, Patriota, Solidariedade, Pros, PROS, PSD, PSC e PSDB). O pai de Micheila e marido de Edna é o deputado estadual João Henrique (PSDB).
Redação