O clima esquentou nesta terça-feira (25) na Câmara de Vereadores de João Pessoa no momento em que se debatia o fato da capital paraibana ter inaugurado o Museu da Cannabis, através da iniciativa da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), que produz e defende o uso medicinal da maconha no Brasil.
Bloco de situação e oposição emitiram suas opiniões e se desentenderam sobre o assunto.
Os parlamentares da direita, encabeçados por Eliza Virgínia (PP), que foi a responsável por trazer à discussão à pauta, propuseram voto de repúdio a inauguração do museu. A vereadora chegou a acusar a Abrace de estar usando o uso medicinal da maconha para fazer apologia ao uso da droga.
“Quem cria um museu para isso quer que essa droga seja compartilhada para todos. Temos que nos reunir para tirar esse museu daqui. Medicina é o pretexto que se teve para fundar o museu. É o pretexto que os maconheiros têm para ir para as ruas. Não é por amor, é por saúde. É simplesmente por noia, para viver a vida na fumaça verde”, disse a vereadora que foi rebatida pelo vereador Marcos Henriques (PT).
O parlamentar pediu que o tema fosse tratado com mais seriedade e argumentou que o trabalho realizado pela Liga Canábica em João Pessoa é baseado em estudos científicos.
“A Liga Canábica aqui de João Pessoa tem um trabalho muito sério. A gente não pode falar aqui de maneira tão depreciativa de algo que é feito baseado em estudos científicos”, lamentou.
Entrando na discussão, o Coronel Sobreira (MDB) ressaltou a ilegalidade do uso da maconha para fins recreativos.
“O álibi tenha certeza é para o tratamento. Da mesma forma que é o álibi da marcha da maconha, por conta que a constituição federal permite a livre manifestação. O uso medicinal ninguém é contra, mas somos contra sim fomentar o uso recreativo dessa droga que é ilegal no nosso país”, frisou.
Jpa o vereador Junior Leandro (PDT), ressaltou que a função da Associação e do Museu em si é difundir os benefícios da planta para uso medicinal.
“O álibi, tenha certeza, é para o tratamento. Da mesma forma que é o álibi da marcha da maconha, por conta que a constituição federal permite a livre manifestação. O uso medicinal ninguém é contra, mas somos contra sim fomentar o uso recreativo dessa droga que é ilegal no nosso país”, argumentou.
PB Agora
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