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Como será a convivência de Cássio e Ricardo?

As urnas deste segundo turno deram uma expressiva votação ao candidato do PSB ao Governo da Paraíba, Ricardo Coutinho. Ele foi eleito com uma diferença de quase 150 mil votos sobre José Maranhão, do PMDB. As manchetes anunciando ‘a maior votação da história’ ou ‘a maior diferença da história’ e coisas do tipo pipocaram já na noite do domingo. Mas, passada a euforia da comemoração, é hora de começar a analisar o futuro da nossa política estadual.

De cara, vemos uma Paraíba que decidiu por Ricardo a partir da união de duas lideranças: Cássio, que mesmo cassado e com mandado de Senador quase perdido, mostrou a sua força; e Ricardo, que, conhecido apenas em João Pessoa, teve no apoio de Cássio o sustentáculo para obter votação Paraíba afora.

Claro que a partir de agora estas duas lideranças – Cássio e Ricardo – terão que conviver juntas. E essa convivência passa, impreterivelmente, pelos espaços que cada um vai ter dentro do governo – e pelo desprendimento de ambos. O governador será Ricardo, mas o mérito da eleição é dos dois, incontestavelmente. E isso, Cássio sabe e Ricardo também – acredito.

Até o final do ano a relação entre os dois vai passar, por exemplo, pela indicação dos cargos do governo. Dos mais altos, passando pelos intermediários, chegando aos do ‘baixo clero’.

Vi muito Cassista em Campina Grande abraçar a causa Ricardista apostando no retorno ao poder. E essa fatura – que, aliás, já foi objeto de comentário aqui neste mesmo espaço – Cássio vai cobrar. E Ricardo, claro, vai ter que pagar, pois ele sabe – ou deve saber – que boa parte de sua eleição deve ser creditada ao time Cassista.

Na noite do domingo mesmo, através do twitter, os cassistas já deram o tom, creditando a vitória de Ricardo Coutinho a Cássio – a matéria foi postada no PBAgora.

É claro que se algum dos dois for perguntado sobre o futuro desta relação, estes assuntos não serão debulhados. Afinal, a hora ainda é de comemoração. Mas que estes assuntos são importantes – ou diria, fundamentais – são sim.

O futuro desta união será do tamanho do desprendimento de cada um. Esperemos…


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