Categorias: Política

Congresso Nacional e Supremo entram em ritmo de Semana Santa

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Deputados e senadores emendaram a segunda, a terça e a quarta-feira com a semana santa. Resultado: o Congresso ficou vazio nos últimos três dias e não votou nenhum dos projetos da pauta considerados mais importantes. Ontem, oficialmente o último dia de expediente antes do feriado, apenas 80 deputados apareceram — quase metade deles chegou depois que os debates no plenário começaram, às 14h. As informações foram colhidas no aplicativo Infoleg, que é atualizado em conjunto pelos assessores e por técnicos de informática em tempo real. No Senado, também não houve movimentação nem quórum.

Uma hora depois de iniciados os debates no plenário da Câmara, o Infoleg revelava que apenas 50 deputados estavam no Congresso. O número corresponde a menos de 10% do total de parlamentares com mandato: 513. A ausência dos deputados ficou evidente quando o tradicional Salão Verde e os corredores das comissões, geralmente movimentados pelo vaivém de parlamentares, estavam completamente vazios. A baixa presença afetou, além das votações, a análise de processos sobre quatro deputados no Conselho de Ética.
 

Diante da ausência de parte alguns integrantes, o colegiado não pôde analisar os pareceres preliminares dos casos envolvendo Paulo Maluf (PP-SP), Celso Jacob (PMDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC). O processo sobre Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), acusado de ter ligação com os R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em área nobre de Salvador, também ficou para depois.

A instalação das comissões permanentes da Câmara também ficou para depois. As negociações se arrastam há semanas, mesmo após as declarações do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que trataria o assunto como prioridade. “Sem as comissões, não dá para votar nem discutir PECs (propostas de emenda constitucional), pra você ter uma ideia. Acho que a gente precisa resolver isso com a maior urgência”, disse o líder do PSB, Júlio Delgado (MG).

No Senado, também não houve nenhuma votação. “Seria apreciada aquela lei sobre a autorização para plantar cana-de-açúcar na Amazônia. Não houve porque não teve quórum, mas, além disso, o autor, Flecha Ribeiro (PSDB-PA), pediu para retirar. Ainda que isso não tivesse sido feito, não teria gente para votar. Semana de feriado é assim”, explicou o senador Cristovam Buarque (PPS-DF). Com o Supremo Tribunal Federal (STF) de recesso desde ontem, não houve sessão no plenário.

 

Redação

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