O candidato a prefeito de João Pessoa, Marcelo Queiroga (PL), apresentou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na Justiça Eleitoral contra a chapa do atual prefeito Cícero Lucena (PP), que disputa a reeleição ao lado do vice Leo Bezerra (PSB). A ação, protocolada com base nas investigações da Operação Território Livre, da Polícia Federal, acusa Lucena e seu grupo de abuso de poder político e econômico durante a campanha.
Além de Cícero e Leo Bezerra, a ação também envolve a primeira-dama Lauremília Lucena, a filha do prefeito, Janina Lucena, e Pollyana Monteiro, todas citadas nas investigações da Polícia Federal. A Operação Território Livre investiga um esquema de aliciamento de eleitores na capital paraibana, com suspeitas de uso de violência e intimidação para garantir apoio eleitoral.
Segundo a defesa de Queiroga, há indícios de que o grupo estaria em conluio com facções criminosas atuantes na cidade para cooptar eleitores de forma ilícita e violenta. A denúncia aponta que essas facções teriam bloqueado o acesso de correligionários de outros partidos e coligações em áreas dominadas, configurando uma grave violação da legislação eleitoral.
Investigação da Polícia Federal
A base da acusação de Queiroga é sustentada pelas investigações da Polícia Federal, que apura a atuação dessas facções na manipulação do eleitorado em favor da candidatura de Cícero Lucena. A ação menciona que, além de intimidar eleitores, o grupo teria impedido a atuação política de adversários em regiões controladas por essas facções, criando um ambiente de medo e restrição à liberdade de escolha do eleitor.
A Operação Território Livre trouxe à tona diversas irregularidades envolvendo a campanha do atual prefeito, aumentando a tensão no segundo turno das eleições em João Pessoa. Segundo o processo, essas condutas configuram abuso de poder e violação grave das regras eleitorais, o que levou Queiroga a pedir a cassação dos registros de candidatura de Cícero e seu grupo, bem como a declaração de inelegibilidade por oito anos.