Cortes não afetarão PAC, Copa e Minha Casa, Minha Vida, afirma Dilma
Presidente também disse que governo vai conter as pressões inflacionárias. Ela discursou nesta segunda em encontro com governadores do Nordeste.
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (21) em Sergipe que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011 não afetará os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento, (PAC), do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e os projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014.
Dilma chegou na manhã desta segunda a Sergipe para participar do 12º Fórum de Governadores do Nordeste, no município de Barra dos Coqueiros. Ela discursou na abertura do encontro.
"Nossos cortes preservarão investimentos. Não é igual ao que aconteceu em 2003, quando tínhamos inflação fora do controle, não tínhamos US$ 300 bilhões de reservas nem projeto de desenvolvimento que garantisse um patamar de investimento em todos os estados", disse.
Em discurso para dez governadores (os nove do Nordeste mais o de Minas Gerais), Dilma também se comprometeu a segurar a inflação.
"Pressões inflacionárias, não deixaremos que aconteçam. A taxa de investimento tem que crescer acima da demanda por bens. Manteremos os investimentos do PAC, do PAC da Mobilidade Urbana, que completa os investimentos para a Copa, o PAC 2 no que se refere à melhoria de transportes e projetos necessários para a Copa e o Programa Emergencial de Financiamento do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] de 2011", disse.
Salário mínimo
A presidente também defendeu a aprovação na Câmara do reajuste do salário mínimo para R$ 545, e disse esperar que a proposta também passe no Senado.
"É importante para o Nordeste a política de reajuste e valorização do salário mínimo porque ela garante um horizonte de crescimento do salário mínimo de forma sistemática, tendo como esse horizonte o PIB [Produto Interno Bruto] de dois anos atrás, a inflação do ano corrente", disse.
Dilma ressaltou que o crescimento do PIB neste ano garantirá um aumento maior do mínimo no próximo ano.
"Eu alerto aos senhores que o PIB de dois anos atrás tem um crescimento anticíclico na nossa visão de política porque sabemos que o ano de 2012 será um ano em que a economia vai recuperar de forma mais forte. Como o reajuste que está previsto diante de um PIB de 7,6%, e dE uma taxa de inflação que vai ficar em torno dos 4,5% a 5%, teremos um reajuste significativo do poder de consumo", afirmou.
G1