Dado triste: 53% das prefeitas eleitas no Brasil já sofreram algum tipo de violência

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No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira (8), a Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) lançou um ‘Manifesto por mais mulheres na política’ contra a violência política contra as mulheres. Dados do Instituto Alziras apontam que 53% das mulheres eleitas para o exercício de cargos no executivo municipal no Brasil já sofreram algum tipo de violência, como o assédio. A pesquisa revela também que 30% já enfrentaram assédio ou violências simbólicas, 22% não receberam apoio do partido ou da base aliada, e 23% já tiveram falas ou o trabalho desmerecido.

A Paraíba conta atualmente com 38 prefeitas. “Nossas prefeitas enfrentam os mais variados tipos de violência, mas que com muita garra e determinação vêm rompendo barreiras e mostrando que política é lugar de mulher sim!”, disse o presidente da Famup, George Coelho.

A integrante do Conselho Fiscal da Famup, a prefeita de Duas Estradas, Joyce Renally, afirmou que já foi vitimas de violência política, sendo tratada com termos pejorativos e até sendo diminuída por ter um pai político. “Queriam me menosprezar, me diminuir e afirmavam que eu seria uma mulher que seria mandada, obediente e sem opinião própria, sempre me rebaixando”, disse, destacando que deu a resposta sendo gestora, apesar de tentarem sempre diminuir o seu empoderamento e a sua condição de prefeita.

O manifesto destaca que a participação feminina na política ainda é pequena e isso se deve a uma série de fatores, entre eles o machismo estrutural, a falta de oportunidades e até a violência política. Este último aspecto vem crescendo nas eleições e no dia a dia do exercício de mandatos no Executivo e Legislativo.

A Famup destaca que a aprovação da Lei nº 14.192/2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher colabore para o combate a atos de violência contra políticas, foi um passo importante, mas novas ações são necessárias para o combate dessa prática.

“Não podemos admitir mais atos de violência política contra a mulher e nós da Famup atuamos todos os dias contra essa prática pautada pela cultura de agressão, discriminação e preconceito. Defendemos o protagonismo feminino e reafirmamos que lugar de mulher é na política, é ocupando cargos nas diversas esferas do poder e se destacando pela sua atuação no executivo e no legislativo”, afirma o documento.

Confira o manifesto na integra:

Manifesto por mais mulheres na política
 
A participação feminina na política ainda é pequena e isso se deve a uma série de fatores, entre eles o machismo estrutural, a falta de oportunidades e até a violência política. Este último aspecto vem crescendo nas eleições e no dia a dia do exercício de mandatos no Executivo e Legislativo.
 
Dados do Instituto Alziras apontam que 53% das mulheres eleitas para o exercício de cargos no executivo municipal no Brasil já sofreram algum tipo de violência, como o assédio. A pesquisa revela também que 30% já enfrentaram assédio ou violências simbólicas, 22% não receberam apoio do partido ou da base aliada, e 23% já tiveram falas ou o trabalho desmerecido.
 
De acordo com Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a quantidade de candidaturas femininas nas eleições de 2020 correspondeu a 34% do total de registros, percentual maior do que o registrado em 2016, que foi de 32%. O aumento da participação e representação política feminina foi acompanhado pelos crescentes casos de violência.
 
Na Paraíba, são 38 prefeitas, que enfrentam os mais variados tipos de violência, mas que com muita garra e determinação vêm rompendo barreiras e mostrando que política é lugar de mulher sim!
 
Acreditamos que a aprovação da Lei nº 14.192/2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher colabore para o combate a atos de violência contra políticas, foi um passo importante, mas não podemos parar por ai.
 
Não podemos admitir mais atos de violência política contra a mulher e nós da Famup atuamos todos os dias contra essa prática pautada pela cultura de agressão, discriminação e preconceito. Defendemos o protagonismo feminino e reafirmamos que lugar de mulher é na política, é ocupando cargos nas diversas esferas do poder e se destacando pela sua atuação no executivo e no legislativo.

 

Da Redação com Assessoria

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