Daniella Ribeiro decide por neutralidade no segundo turno em Campina Grande; atitude frustra Romero e Tatiana
A deputada estadual que foi candidata a prefeita de Campina Grande, Daniella Ribeiro (PP) realizou um pronunciamento no final da manhã desta quinta-feira (11) para declarar o seu posicionamento em relação ao segundo turno das eleições na Rainha da Borborema.
Daniella decidiu pela neutralidade no segundo turno e anunciou que vai ficar afastada das eleições. A justificativa é de que segundo ela nenhuma das candidaturas que restaram representam os ideias que ela pregou na sua campanha.
Assim, os candidatos Tatiana Medeiros (PMDB) e Romero Rodrigues (PSDB) aguardam mais definições para saber com quem poderão contar como aliados para vencer nas urnas no próximo dia 28.
Confira o manifesto:
À Campina Grande,
Amigos e amigas de Campina Grande, temos pautado nossa atuação política na defesa dos que mais precisam e na construção de um projeto de desenvolvimento para Campina que aponte novas perspectivas para nossa cidade. Esse projeto teve como eixos: romper com essa alternância de poder entre dois grupos políticos; priorizar a gestão e o planejamento e; trabalhar pelo desenvolvimento econômico e social de maneira integrada.
Com base nisso, construímos uma plataforma de atuação que tinha como meta mudar essa situação que Campina vive. Em 30 anos, temos acumulado perdas diversas e nossa cidade estagnada.
Nesse período, vimos o PIB cair em participação na Paraíba de 20%, para apenas 11%. Nossa educação é hoje apenas a 50a colocada entre todos os municípios do estado. A saúde é considerada a segunda pior do país, entre as cidades de mesmo porte. No item gestão fiscal, somos destaque negativo no que diz respeito a geração de receitas próprias e capacidade de investimento.
Durante esse mesmo período, apenas uma coisa cresceu em Campina: a ocupação de espaços políticos, com base na cultura da intriga e da briga de torcidas. Em contrapartida, essa lógica condenou o povo a péssimas condições de vida e quase nenhuma perspectiva de mudança a curto prazo.
Campina vai precisar de pelo menos uma década de gestões focodas no desenvolvimento para chegar perto daquilo que foi na década de 70, quando disputava espaços no comércio e na indústria com cidades do porte de Recife. Eramos a maior cidade do interior do Nordeste, mas acima de tudo, uma referência na geração de oportunidades, formação acadêmica e potencial de crescimento.
Mas o foco deixou de ser o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida do nosso povo e passou a ser a manutenção dos grupos políticos em detrimento da maioria. Deixamos de ter como referência a nossa capacidade de pensar e empreender para ser conhecida pelas personalidades que têm como meta apenas o poder e a consolidação dos interesses que representam.
Vamos lutar para acabar com essa lógica pequena, onde os mesmos se nutrem da disputa, enquanto a cidade perde e o povo sofre.
Redação