A deputada Daniella Ribeiro, líder do PP na Assembleia Legislativa da Paraíba, e o presidente estadual do PP, o ex-deputado federal Enivaldo Ribeiro, participou nesta terça-feira, de reunião de presidentes e lideranças do Partido Progressista, do Partido dos Trabalhadores e do Partido da Social Democracia, para analisar o atual quadro político na Paraíba e as perspectivas para o ano em curso, quando serão realizadas as eleições para a renovação de chefias de Prefeituras Municipais e Câmaras de Vereadores.
Além de Daniella se fizeram presentes os presidentes do PT (Partido dos Trabalhadores), PSC (Partido da Social Democracia), e PP (Partido Progressista), juntamente com deputados das três legendas, pré-candidatos e outros dirigentes partidários analisaram e aprovaram, hoje, uma carta de intenções em que se comprometem a, de forma conjunta, propor uma nova agenda para as cidades paraibanas. Assinaram nota Rodrigo Soares, Enivaldo Ribeiro e Marcondes Gadelha, respectivamente pelo PT, PP e PSC.
Os signatários da carta apontaram pontos de convergência administrativa e política e decidiram abrir espaço para outros partidos que queiram integrar as discussões. Foi definida, também, a realização de seminários nas principais cidades do Estado.
Após a reunião foi distribuída a seguinte nota:
UMA NOVA AGENDA PARA AS CIDADES PARAIBANAS
A Paraíba passa por um momento de redefinição dos espaços políticos. Após as eleições de 2010, quando se esperava que os novos mandatários apresentassem uma proposta progressista, que estivesse em sintonia com as promessas que foram feitas e os anseios da população, o que vimos foi exatamente o contrário.
A tônica em 2011 foi uma sucessão de atitudes autoritárias, com a perseguição política sendo a principal premissa e muito distante dos valores republicanos anteriormente propalados. Vimos o desrespeito aos poderes constituídos, a quebra da autonomia da UEPB, descumprimento de leis e decisões judiciais, a terceirização/privatização da saúde e um conjunto de ações que mostram um perfil longe da pretendida democracia.
Esse mesmo cenário pode ser verificado em algumas das principais cidades da Paraíba, onde tivemos como exemplo maior a invasão do Aeroclube em João Pessoa, nos moldes de regimes ditatoriais que faziam valer suas vontades pelo uso da força.
Nessa perspectiva, abre-se uma oportunidade para os agentes políticos que entenderem que é possível construir um novo o protagonismo. Essas mesmas forças, devem estar conectadas com a forma moderna e participativa de gestão, onde planejar e projetar grandes intervenções transforma o setor público em grande indutor do desenvolvimento.
Esse modelo vem sendo adotado em âmbito nacional, onde o Governo Federal tem atuado como indutor do desenvolvimento econômico e agente na condução de políticas públicas que melhorem as condições de vida dos mais pobres e distribua parte da riqueza gerada.
As cidades do Brasil e da Paraíba precisam estar conectadas a essa nova realidade nacional. Dessa forma, o PT, o PP e o PSC, partidos que hoje interagem de forma muito produtiva em nível do Governo Federal iniciam um diálogo visando produzir na Paraíba uma proposta baseada nos mesmos princípios e que aponte para nossas cidades uma alternativa em 2012.
Com base na conjuntura e na perspectiva de construir um novo bloco político no Estado, que entenda que a renovação é necessária, estamos partilhando nossas experiências e os melhores propósitos para apresentar um projeto que promova as transformações que a Paraíba tanto precisa.
A união só é possível quando se entende a necessidade dela para fortalecer um projeto maior, por isso queremos estabelecer um amplo debate com a sociedade paraibana sobre os rumos e o futuro de nossas cidades, a partir da construção de uma nova agenda que insira a Paraíba no desenvolvimento sustentável com inclusão que vive especialmente o Nordeste brasileiro.
Atentos, pois, aos superiores interesses do povo paraibano, os partidos signatários do presente documento se dispõem a manter uma interlocução e diálogo permanentes, elaborar um projeto comum a ser discutido com a sociedade e definir alternativas eleitorais, respeitados os pressupostos do pluralismo, base de sua inspiração, com a preservação das candidaturas próprias nos municípios onde aja segundo turno. Outras agremiações poderão integrar-se a esta proposta, uma vez acolhidas as preliminares agora enunciadas.
Assessoria