A divulgação dos primeiros trechos da delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS, que comprometem o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), dominou o Twitter nessa quinta-feira (18). O assunto gerou mais repercussão do que a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara, em 17 de abril de 2016, e foi também o mais comentado desde o início do ano passado na rede social.
Os dados são de levantamento feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base na ferramenta Monitor de Temas.
Ao longo de toda essa quinta, as referências à Operação Lava Jato e à possibilidade de impeachment de Temer somaram 2.326.346 menções no Twitter. Foram 1.675.028 referências sobre Lava Jato e 651.318 a respeito do eventual afastamento do presidente. Na votação do impeachment na Câmara, os termos relacionados à crise política somaram 1.526.658 registros.
O assunto que dominou o noticiário nessa quinta-feira foi o mais comentado desde o início do ano passado, segundo a ferramenta online, superando publicações feitas ao primeiro dia de provas do Enem, em 2016, e a greve geral de 28 de abril – outros temas campeões de audiência.
O Monitor de Temas é uma ferramenta de acompanhamento, em tempo real, de menções relacionadas a políticas públicas na internet e que opera com uma combinação de metodologias linguísticas, computacionais e das ciências sociais aplicadas. Funciona como um termômetro do debate público na web sobre questões ligadas às áreas de transporte, saúde, educação, segurança e protestos, além de recuperar o histórico recente de menções a esses temas.
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