Deputado estadual reeleito, Hervázio Bezerra (PSB), em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (09), analisou o ‘retrato do momento’, para a eleição para presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, a ser realizada em 1º de fevereiro de 2023. Segundo ele, a eleição há 70 dias do pleito, ainda está indefinida, pois existe oito postulantes e o histórico de descumprimentos de acordos no que diz respeito à eleição antecipada do segundo biênio torna imprevisível o resultado das articulações.
“Eu não tenho nenhuma dúvida de que essa eleição será a mais disputada. Estamos nos primeiros dias e temos aí oito candidaturas pré-lançadas. Na minha vivência tanto na Câmara quanto na Assembleia, nunca presenciei mais do que quatro candidaturas e temos ainda 70 dias pela frente. Não tivemos nem a diplomação dos eleitos. Podem anotar que teremos uma eleição com capítulos emocionantes”, afirmou Hervázio.
Estão na disputada até o momento, oito concorrentes: Adriano Galdino (Republicanos) para o segundo biênio e seus colegas de partido Branco Mendes, Michel Henrique e Wilson Filho. Como também, Tião Gomes (PSB) garantiu que está no páreo. Eduardo Carneiro e Galego de Souza também entraram na disputa. Completam o rol, Felipe Leitão e Inácio Falcão.
O deputado do PSB que é atualmente a segunda maior bancada de estaduais na Casa, destacou que não pretende colocar seu nome a disposição para presidente da ALPB, pois está escaldado, de um suposto não cumprimento de um acordo na eleição passada, onde haveria o compromisso de elegê-lo para o segundo biênio que foi quebrado.
“Tenho que admitir que foi criado um precedente perigoso e além dele teve ainda o que aconteceu na eleição da Câmara de João Pessoa. O presidente para o segundo biênio, Bruno Farias, foi eleito antecipadamente, mas depois a Câmara entendeu por não legitimar a escolha de Bruno e por reconduzir Dinho, inclusive com o voto de Bruno. São fatos pitorescos que nos levam a deduzir que não existe segurança porque as eleições da Assembleia são interna corporis e tudo pode se alterar de acordo com a maioria. Então, nada impede que uma eleição legitimada no primeiro biênio seja desfeita pelo colegiado. Mesmo que seja feita uma eleição antecipada para os dois biênios, o segundo não vai ter a certeza jamais de que vai ser empossado, face ao precedente criado pela Câmara de João Pessoa e o desconfiômetro deve vir à tona com muita força”, finalizou Bezerra.
Da Redação