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Deputados divergem sobre eleições diretas no país

 Integrantes da bancada paraibana na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, Wilson Filho (PTB) e Pedro Cunha Lima (PSDB) representando a Câmara e Frei Anastácio (PT) e Tovar Correia Lima (PSDB) a Assembleia concordam num ponto o Governo de Michel Temer (PMDB) perdeu a governabilidade, mas tem opiniões diferentes no tocante a possibilidade da saída do presidente, onde esta deva ser por eleição direta ou indireta.

Wilson e Pedro concordam numa coisa: o governo de Michel Temer (PMDB) está agônico, porque perdeu a governabilidade. Porém, discordam num ponto: o primeiro defende eleição direta, em caso da vacância da presidência, o que exigiria mudar a Constituição. O segundo, eleição indireta.

Opositores ferrenhos na Assembleia Legislativa da Paraíba, os deputados Frei Anastácio (PT) e Tovar Correia Lima (PSDB) têm opiniões convergentes acerca do julgamento da chapa Dilma/Temer: defendem a cassação e a convocação de eleições diretas. Para ambos, o atual Congresso não teria condições éticas para eleger um presidente pela via indireta. Ou seja, apenas Pedro Cunha Lima defende eleição indireta.

“Se o presidente Michel Temer estiver no meio [dos esquemas de corrupção], tem que ser punido também. E eu defendo, com a saída do presidente Michel Temer, aquilo que a população defende há muito tempo, que é eleições diretas, o povo ir à urna e eleger um novo presidente para que essa crise acabe completamente e a gente possa voltar a ter paz”, opinou Wilson Filho.

O povo está revoltado e não aceita essa gestão golpista que está acabando com os direitos da classe trabalhadora. O povo está pronto, mobilizado para a luta e quer eleições diretas, já”, disse o deputado petista Frei Anastácio.

Ontem (06) em entrevista Tovar disse esperar que cassação da chapa Dilma-Temer, solicitada através de ação enviada pelo PSDB, se concretize com o retorno do julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O tucano ressalta que essa decisão não será definida nessa primeira sessão, mas que punição seja coerente com a apuração dos fatos. “Eu acredito que o julgamento apenas tem início hoje, não terá fim, terá ainda muito tempo de julgamento. Se for pelo problema jurídico do passado, nesse sentido, será sim cassada a chapa Dilma-Temer”.

Caso ocorra a cassação, Tovar acredita que o país passará por novas turbulências não só na política, mas em todos os aspectos. “Com isso teremos uma nova confusão, uma nova avalanche de confusões no nosso Brasil. Em que far-se-á uma eleição indireta e quem serão os candidatos diante dessa eleição indireta? Então, é uma nova página no cenário brasileiro”.

Já Pedro defendeu que caso o presidente Michel Temer não conclua seu mandato o PSDB lance o nome do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso(PSDB), para disputar o cargo através de eleições indiretas.

Redação

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