Derrotado nas urnas, Collor agora é assediado por Teotônio Vilela

Em entrevista coletiva no início da tarde de ontem, no Hotel Radisson, na Pajuçara, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que disputa a reeleição, informou que vai procurar prefeitos alagoanos que não votaram nele e o senador Fernando Collor (PTB) para conversar sobre uma possível aliança. Vilela vai disputar o governo no segundo turno com o candidato do PDT, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).

“Converso sem dificuldades com o Collor, como sempre conversei a vida inteira”, disse Vilela, ao lado do deputado federal Benedito de Lira (PP), eleito senador pela mesma coligação. Apesar disso, Vilela disse que ainda não há qualquer encontro marcado com o senador. “Tenho a confiança também que a maioria dos prefeitos que apoiaram Collor me apóia”, declarou.

Questionado se essa dinâmica se daria independentemente da presença do senador do PTB em seu palanque, Vilela respondeu: “A questão não é ‘Collor’ ou ‘não Collor’. A questão é o compromisso. Se ele não tiver esse compromisso, não ajuda nada”. Vilela também que o número de abstenções nas eleições deste ano “não é bom”. Mais de 449 mil eleitores (22,11%) não compareceram para votar.

Senador – Eleito para o Senado pela coligação de Vilela, o deputado federal Benedito de Lira chegou durante a entrevista coletiva concedida pelo governador. Ao ser questionado sobre a quem apoiaria no segundo turno da eleição presidencial, ele garantiu que continua votando em Dilma Rousseff, do PT. Lira faz parte, no Congresso Nacional, da base aliada do presidente Lula, mas o partido que preside em Alagoas, o PP, decidiu apoiar a candidatura de Vilela que, por sua vez, declarou apoio a José Serra, do PSDB.

Lira também falou sobre os ataques que recebeu da candidata ao Senado Heloísa Helena e do partido dela, o PSOL, durante a campanha. “Quando você vê, em eleição para qualquer cargo, um candidato que faz campanha para falar mal é porque aquele candidato não tem o que dizer ao povo. Quando o candidato tem o que dizer, não faz ataque”, afirmou.

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