Ao comentar neste sábado (18) nova denúncia sobre supostas irregularidades na Casa Civil da Presidência da República, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse que a adversária Dilma Rousseff (PT), titular da pasta de 2005 a 2010, "sabia ou é má administradora".
"Se [Dilma] sabia, é crime. Se não sabia, não é boa administradora, porque anos e anos com um esquema feito ao lado do gabinete, com distribuição de propinas até para a compra de remédios, o que é especialmente mórbido, não dá", disse o tucano, durante campanha em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Serra comentava reportagem publicada pela revista "Veja", que aponta recebimento de propina de R$ 200 mil por Vinícius Castro, ex-funcionário da Casa Civil e suposto sócio de Israel Guerra, filho de Erenice Guerra, secretária-executiva (segundo posto na hierarquia) e depois sucessora de Dilma na Casa Civil.
O tucano sugeriu que as supostas irregularidades já existissem quando Dilma chefiou a pasta.
"Tudo o que eles querem é dizer que eleição é uma coisa e que governo é outra. A gente sabe que não é assim. Um esquema como este na Casa Civil não se criou a partir de abril [quando Dilma deixou o governo para disputar o Planalto]. É coisa que vem de muito tempo."
‘Muita gente não entendeu quebra de sigilo’, diz tucano
Para o candidato do PSDB, a população está mais informada sobre as denúncias na Casa Civil do que sobre a quebra de sigilo fiscal de pessoas próximas a ele.
"Muita gente no Brasil não entendeu o que é quebra de sigilo, embora seja um crime grave. Mas todo mundo sabe o que é corrupção, o que é mensalão, o que é propina".
O tucano não quis, contudo, comentar sobre o possível impacto das denúncias na preferência do eleitorado. Preferiu citar a importância da Casa Civil, que classificou como "coração" do Executivo federal. "Já é o terceiro escândalo da Casa Civil deste governo."
Serra declarou que, se eleito, sua gestão será diferente. "No meu governo isso não vai acontecer. Tenho outra história, tenho caráter, como tem caráter também a população brasileira. Nesta eleição, temos de dar um basta nesses abusos."
Candidato repete FHC e compara episódio ao escândalo do mensalão
Mais tarde, no Rio de Janeiro, em encontro com portadores de deficiência, Serra comparou as denúncias na Casa Civil ao escândalo do mensalão, linha de argumentação defendida nesta semana pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Vocês viram o que está acontecendo agora, o escândalo na Casa Civil? É dinheiro retirado da Previdência, dos deficientes físicos, da saúde, da educação, que vai para o bolso de corruptos, de mensalões. Isso vai mudar", disse o tucano a cerca de 2.000 pessoas em uma casa de shows na zona oeste do Rio.
Serra reiterou a promessa de criar, caso eleito, um ministério específico para políticas para deficientes físicos. O tucano estava acompanhado pelo candidato do PV ao governo estadual, Fernando Gabeira, apoiado pelo PSDB, e pelo ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), que disputa vaga no Senado.
G1
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