A descoberta de que ONGs ambientalistas articulavam uma manifestação contra o funcionamento de Candiota 3, no Rio Grande do Sul, levou a presidente Dilma Rousseff a cancelar a inauguração da usina, prevista para hoje.
O Planalto não deu explicações para o cancelamento do evento –uma inauguração simbólica da "fase C" da termelétrica a carvão, em operação desde 2010.
O Greenpeace afirma que a usina a carvão é poluente, e que Dilma defendeu em sua campanha, no ano passado, a utilização de energia limpa.
Na última semana, uma equipe da ONG produziu imagens da usina para usar em um documentário com críticas ao governo.
Segundo a Imprensa apurou, a equipe precursora do Planalto soube da movimentação dos ambientalistas e alertou a presidente de que enfrentaria desgaste. Seria o primeiro discurso de Dilma em palanque desde que assumiu o cargo.
A estrutura do evento já estava pronta. Era prevista exibição da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Foram convidadas 2.000 pessoas e diversos prefeitos do Estado.
Candiota 3, lançada por Lula em 2006, é a maior obra do PAC na região Sul. O investimento é de R$ 1,3 bilhão. O nome de batismo da usina é "Presidente Médici".
O cancelamento da visita de Dilma foi comunicado na noite de anteontem ao presidente da CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica), Sereno Chaise, aliado histórico de Dilma no Estado –saíram juntos do PDT brizolista rumo ao PT.
Folha Online
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