– Diria que seria necessária a contratação. Não seria importante, nem desimportante, seria necessária – disse o advogado, ao ser indagado da importância da contratação de Dirceu.
Grossi, que defende o deputado Eduardo Azeredo ( PSDB-MG) na ação que trata do mensalão mineiro, negou que haja algum conflito entre a oferta de emprego a Dirceu e seu cliente.
– Não tem nada a ver. Não há nenhuma guerra entre o PT e o PSDB, eu advogo para vários partidos, PSDB, PTB, não tem nada a ver – garantiu.
Segundo o advogado, o escritório é pequeno e “quase artesanal”. O horário de trabalho de Dirceu seria de 8h às 18h, o mesmo horário dos outros funcionários. O escritório atua também na Justiça Eleitoral na defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Esta é a segunda tentativa de Dirceu para trabalhar no regime semiaberto. A primeira foi um emprego de gerente administrativo no Hotel Saint Peter, em Brasília, onde receberia R$ 20 mil por mês. O hotel havia assinado a carteira de trabalho de Dirceu em 22 de novembro. Mas, após uma série de denúncias contra o hotel, Dirceu abriu mão do emprego. Grossi não quis comentar o caso.
– Não faço julgamento de condutas anteriores – disse.
O renomado advogado afirmou também que não houve pedido de Dirceu para a oferta de emprego.
– Somos amigos há mais de 20 anos. Nunca pedi um favor a ele e nem ele a mim.
Globo.