Durante participação na CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora), realizada em Buenos Aires, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de ser o “Plano B” da direita nas eleições presidenciais de 2026. Apesar de reforçar que o “Plano A” continua sendo seu pai, Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, Eduardo abriu margem para sua candidatura caso o cenário político não permita o retorno do ex-presidente.
“O plano A é [Jair] Bolsonaro, posso ser o plano B”, afirmou o parlamentar.
A declaração surge em meio aos esforços da família Bolsonaro e seus aliados para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma das estratégias cogitadas é a aprovação de uma anistia pelo Congresso Nacional, o que permitiria que o ex-presidente disputasse novamente em 2026.
Enquanto isso, nomes como o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e dos filhos Flávio, Eduardo e Carlos têm sido levantados como possíveis sucessores políticos. Em outubro, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, já havia mencionado Eduardo como alternativa: “O primeiro da fila é Tarcísio [de Freitas], mas temos o Eduardo Bolsonaro também”.
Na CPAC, Eduardo Bolsonaro criticou mais uma vez o ministro Alexandre de Moraes, do STF, acusando-o de perseguição política contra Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Ele também defendeu os manifestantes presos pelos atos de 8 de janeiro em Brasília, alegando que agiram de maneira pacífica e que estão sendo tratados injustamente.
O ex-presidente Jair Bolsonaro participou da conferência por vídeo, reiterando que nunca cogitou um golpe e pedindo a devolução de seu passaporte para poder comparecer à posse de Donald Trump.
PB Agora