Pelo menos, se só depender apenas da opinião pessoal do deputado federal Efraim Filho (DEM, na foto ao lado) o ex-deputado federal Major Fábio (do mesmo partido dele) não receberá nenhum tipo de punição, em nível de suspensão ou expulsão da legenda.
Bancada governista quer punição
O líder do Governo Ricardo Coutinho na Assembléia Legislativa, deputado estadual Lindolfo Pires (igualmente democrata), também decidiu ignorar, pelo menos durante o carnaval, as atitudes do correligionário Major Fábio, após a greve da polícia “ensaiada” na semana passada.
Cúpula não vai se incomodar
“Faito” me disse que os Democratas não estão se preparando para convocar, já na próxima semana, uma reunião com a cúpula do seu partido para ouvir as explicações do ex-deputado federal a respeito das ações desenvolvidas por ele contra o Governo do Estado.
Na contra-mão da legenda
O DEM faz parte da base que elegeu o governador Ricardo Coutinho (PSB) e o ex-deputado é o filiado que mais diverge da postura do partido, publicamente. A postura de insubordinação ao partido nos últimos dias não parou nas críticas ao Governo.
Bloco do “Eu Sozinho”
Fábio também, em uma postura independente, anunciou que iria se candidatar a prefeito de João Pessoa, mesmo sem ter o aval da sigla, que é presidida no Estado pelo ex-senador Efraim Morais.
Sem querer antecipação
Efraim Filho acha que ainda é muito cedo para provocar este tipo de discussão, com escolha antecipada dos pré-candidatos a prefeito que deverão – ou não – ser apresentados pela sigla, nas principais cidades paraibanas.
Definição só daqui a um ano
– As convenções partidárias é que vão decidir isto no momento oportuno, ou seja, a partir de maio e junho do ano vindouro. Até lá, qualquer lançamento de nomes será considerado precipitação, sem querer dizer que haverá qualquer tipo de punição, até porque o filiado que se insubordinar contra a direção da legenda, aqui no Estado, se for penalizado, acabará se transformando numa “vítima”, o que não representa – absolutamente – a intenção da cúpula democrata.
Deputado ouvirá eleitores
Na condição de único parlamentar paraibano indicado como titular da Comissão da Reforma Política no Congresso Nacional, em Brasília-DF, o deputado federal Efraim Filho quer promover audiências públicas sobre o tema em todas as regiões do seu Estado.
Mobilizando a sociedade
A intenção dele é fazer o primeiro evento ainda este mês em João Pessoa e depois levar a discussão também para Campina Grande. O deputado pretende articular as universidades, sindicatos, OAB e outros segmentos da sociedade civil organizada para debater os temas mais palpitantes da Reforma Política.
Projeto de iniciativa popular
– Nossa idéia é criar uma mobilização parecida com a que envolveu a Lei da Ficha Limpa. Se tivermos uma lei gerada nos gabinetes, por gente engravatada que vive no ar-condicionado, não vamos avançar em nada.
Três meses de debates
Não foi estipulado ainda nenhum prazo para o término dos trabalhos da comissão, mas estima-se que ele se estenda por cerca de 90 dias. Para ele, os principais pontos a serem ressaltados no novo modelo político brasileiro devem ser a coerência e a transparência:
Pelo fim da reeleição
– Precisamos de um modelo de campanha política sem Caixa 2. Também defendo o fim da reeleição, com mandatos únicos de cinco anos e a extinção do voto obrigatório. O Brasil já está preparado para essas mudanças. O País não pode parar a cada dois anos somente por causa das eleições.
Cidadãos mais conscientes
Ele acha que o fim do voto obrigatório vai gerar uma escolha mais qualificada, de quem quer realmente participar do processo eleitoral. As mudanças não serão todas adotadas para o próximo pleito de 2012, mas estimularão novas estruturas culturais que serão motivadas a partir das regras que entrarão em vigor nos próximos anos.