As últimas da nossa política – sobretudo notícias referentes às perdas de Ricardo Coutinho e seus desdobramentos, com a possibilidade de reforço nas candidaturas de José Maranhão (PMDB) e Cícero Lucena (PSDB) – causaram um rebuliço danado. E quem mais se preocupou com tudo isso foi o senador Efrain Moraes (DEM).
Também, não é para menos. Eu já comentei aqui que toda esta movimentação, com a saída do PTB do arco de alianças de Coutinho como fato provocador de outros menores, trouxe um grande prejuízo para as pretensões do prefeito da capital. Mas como reflexo indireto de tudo isso, há prejuízo, também, para Efrain.
O isolamento de Efrain ocorreria por vários motivos. Um deles remete ao plano nacional, com os problemas enfrentados pelo DEM após a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. O fato, queiram ou não, provocou reflexos negativos e preocupantes nos Demistas de todo o país.
E Efrain, imaginando a ‘boa’ intenção de alguns e a possibilidade real de isolamento, já se mexe. Pediu reunião de urgência com Cássio e Ricardo e articula-se nos bastidores para não sobrar na curva.
A se concretizar o cenário que se desenha hoje, tudo vai voltar ao normal. Ou quase tudo: Cássio reata com Cícero e leva, consigo, todo o grupo. À exceção de Efrain, que ficaria só, e de Carlos Dunga e Armando Abílio (PTB), que aproveitaram a oportunidade para abrir um canal de diálogo com Maranhão.
E, como prejudicado maior desse cenário todo, Ricardo Coutinho, pelos motivos que relatei no comentário anterior: perde tudo e, se brincar, nem candidato a Governador sai. Se isto vai se concretizar, não se sabe. Mas que caminha para isso, caminha sim.