Os vitoriosos da disputa, amanhã, pelas presidências da Câmara e do Senado, vão assumir o comando do Congresso com orçamento de R$ 5,9 bilhões para assegurar o trabalho dos 594 parlamentares e gerenciar uma verdadeira “cidade”.
Os recursos reservados para bancar com o custo médio mensal de R$ 114.880,44 por deputado e de R$ 35.312,09 por senador são maiores que os orçamentos aprovados por oito Estados do Norte e do Nordeste. São superiores até mesmo à soma dos orçamentos do Acre e do Amapá, que contam neste ano com R$ 3 bilhões e R$ 2,4 bilhões, respectivamente.
No entanto, a eleição coloca em jogo muito mais que a disputa por um orçamento bilionário e o controle de 21,3 mil funcionários. Ao ditar o ritmo de votações e discussões da Câmara e do Senado, os comandantes das duas Casas podem interferir na eleição presidencial de 2010.
Se as matérias de interesse do governo forem colocadas em pauta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá mais facilidade de emplacar seu sucessor. Por outro lado, se as propostas não andarem, a oposição ganha força e argumentos para endurecer o discurso de que é necessário mudar, avaliam petistas e tucanos.
JC OnLine
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