Em nota, presidente da CMJP nega envolvimento em operação e se diz alvo de ataques eleitoreiros

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O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, vereador Dinho Dowsley, emitiu uma nota à imprensa nesta sexta-feira para rebater o que chamou de “ilações maliciosas” envolvendo seu nome em investigações relacionadas à operação Território Livre, conduzida pela Polícia Federal. Segundo o parlamentar, as acusações têm cunho meramente eleitoreiro e buscam manchar sua trajetória política, que já soma 20 anos de serviços prestados à população da capital paraibana.

No comunicado, Dowsley reforça sua confiança na Justiça e afirma que nunca foi alvo de processos, denúncias ou indiciamentos durante os cinco mandatos consecutivos que exerceu. “Sempre fui bem votado nos bairros da capital e tive meu trabalho referendado pela força da aprovação popular”, destacou.

O vereador também expressou apoio às investigações da Polícia Federal, declarando que, desde o início, colocou-se à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sobre possíveis menções ao seu nome. Ele classificou as citações como “levianas” e reiterou que confia que a Justiça provará sua inocência. “Estou certo de que ficará patente a minha inocência, já que não há qualquer envolvimento meu nos fatos investigados”, afirmou.

A operação Território Livre investiga um esquema de corrupção envolvendo agentes políticos e contratos públicos, mas o vereador não detalhou qual seria o contexto das citações feitas ao seu nome. Dowsley finalizou a nota mencionando sua fé na Justiça, tanto dos homens quanto de Deus, e reafirmando que seguirá seu trabalho parlamentar com a mesma dedicação.

LEIA A NOTA

Nota à imprensa

Tenho sido alvo, nos últimos dias, de ilações maliciosas envolvendo meu nome com motivos meramente eleitoreiros. Tenho 20 anos de vida pública, com cinco mandatos dedicados à população de João Pessoa, sem nenhum processo, denúncia ou indiciamento. Sempre fui bem votado nos bairros da capital e tive meu trabalho referendado pela força da aprovação popular.

No que se refere à atuação da Polícia Federal, relacionada à operação Território Livre, deixo claro que apoio à investigação e esclareço que me coloquei desde o início à disposição para explicações sobre eventuais citações levianas ao meu nome. Confio na Justiça dos homens e de Deus e estou certo de que ficará patente a minha inocência, já que não há qualquer envolvimento meu nos fatos investigados.
Vereador Dinho Dowsley

ENTENDA

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (18) uma operação em João Pessoa para combater o aliciamento violento de eleitores. De acordo com a PF, agentes públicos estariam atuando em parceria com pessoas ligadas a facções criminosas para coagir eleitores. Estão sendo cumpridos mandados contra pelo menos sete investigados na capital paraibana. Entre os alvos da operação “Livre Arbítrio” está o vereador Dinho Dowsley (PSD), que também é presidente da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Contra ele foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.

Além de Dinho, também foram alvos da operação Taciana Batista do Nascimento, responsável por uma ONG no bairro São José; Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, esposa de Kenny Rogeus, apontado como líder de uma facção criminosa; e o conselheiro tutelar Josevaldo Gomes, da região praia. Estes últimos já haviam sido investigados anteriormente na operação “Território Livre”, que apura a influência do tráfico de drogas nas eleições.

A operação “Livre Arbítrio” é conduzida pela Polícia Federal em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Segundo as investigações, os suspeitos utilizavam ameaças, controle territorial e coação para influenciar o processo eleitoral. Entre os crimes investigados estão a constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir votos, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato.

De acordo com nota da Polícia Federal, o objetivo das diligências realizadas é obter mais provas que reforcem a investigação e responsabilizar os envolvidos pelos crimes eleitorais. Entre as medidas cautelares impostas, está o uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento dos investigados.

 

 

PB Agora

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