Em seu segundo dia de visita a Nova York, a candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, apresentou à comunidade financeira internacional suas propostas para o setor econômico. Em seu pronunciamento, a ex-ministra do Meio Ambiente destacou o fato de que o Brasil enfrentou a crise financeira global com tranquilidade.
"Mesmo no pior momento da crise, não se teve dúvida sobre a capacidade de o Estado cumprir seus compromissos. E entre os motivos estão as diretrizes econômicas iniciadas no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso", disse.
Mas a senadora voltou a falar em cautela, lembrando que e preciso evitar a complacência. Ela disse que o Brasil já passou pela experiência do crescimento cíclico, bem diferente do sustentável.
"Precisamos investir em infraestrutura, educação e tecnologia para encontrarmos a real velocidade de nosso crescimento. Defendo uma reforma tributária e o aperfeiçoamento do ambiente de negócios no Brasil. É imprescindível a atração maior do capital privado. Vejo com preocupação a tendência dirigista. Queremos um Estado mobilizador, que mobilize o setor privado para um projeto de crescimento nacional. Não acredito nem em Estado Máximo nem em mínimo, mas em Estado necessário".
A ex-ministra, que defendeu a autonomia do Banco Central, enfatizou que o Brasil precisa crescer, mas com qualidade, valorizando sua diversidade cultural e ambiental. Ela criticou os projetos de modificação do Código Florestal e a possibilidade de perdão para quem infringiu a legislação em vigor no desmatamento da Floresta Amazônica.
"Não podemos seguir crescendo imitando um modelo já caduco, de destruição ambiental. O Brasil tem recursos ambientais que serão cada vez mais necessários daqui para a frente. Nossa palavra de ordem é convergência, crescimento com responsabilidade ambiental. Temos a ambição de liderar o desenvolvimento do século XXI".
O evento, organizado pela BM&FBovespa, contou em maio com a apresentação da candidata Dilma Rousseff (PT), para um publico consideravelmente maior.
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