Eis uma ideia bastante popular, particularmente entre a direita e alguns liberais: se um indivíduo é bem-sucedido no mundo empresarial, então ele possui o conhecimento necessário para tomar decisões sábias e sensatas em termos de política econômica, sendo, portanto, uma ótima escolha para a presidência da república.
Para o cientista político e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Lúcio Flávio, o Brasil em geral, e a Paraíba em particular, precisa alcançar muito em termos de modernização e impessoalidade na política.
Segundo ele, na Paraíba, grupos familiares e sua clientela ainda dominam na grande maioria dos municípios. “Acredito que temos muito ainda para avançar. No próximo ano, quando teremos eleições para prefeito e vereadores, ainda prevalecerá a forma tradicional de fazer política: o clientelismo, a força das máquinas públicas e a cooptação de lideranças de bairros mediante o oferecimento de empregos. Sem falar na compra de votos! Creio que, apesar do desejo da maioria da população por mudanças, a política neocoronelística será a prática predominante”, disse o Lúcio Flávio ao analisar o processo político atual na Paraíba.
Redação
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