O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou o convite aos deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para assumirem cargos ministeriais em uma reforma ministerial anunciada pelo Palácio do Planalto na noite da última quarta-feira (6). As mudanças marcam a entrada dos partidos Republicanos e do Partido Progressista (PP) no primeiro escalão do governo, com o objetivo de fortalecer a base de apoio no Congresso Nacional. Mas tal, decisão desagradou a cúpula nacional do PSB, onde seus dirigentes teceram críticas a decisão do governo.
A saída de Márcio França (PSB) do Ministério dos Portos e Aeroportos, que será ocupado, agora, pelo Republicanos, desagradou o presidente nacional da legenda socialista, Carlos Siqueira. “É uma anomalia do nosso sistema político”, afirmou Siqueira ao portal g1, “ter partidos que se empenharam por Bolsonaro, sabendo dos riscos que ele representava para a democracia, integrando o governo”.
Já por meio das suas redes sociais, Márcio França, ironizou a negociação para trazer o Republicanos à base – é o partido do principal adversário dele em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas, que se projeta como uma liderança nacional para a disputa presidencial de 2026. “Saúdo Lula por trazer para o governo Tarcísio e seu partido para nos apoiar”, escreveu.
Em julho, o presidente Lula já havia anunciado a troca no Ministério do Turismo, como parte de acordos políticos e mudanças internas no governo. Essas mudanças ministeriais refletem a dinâmica política em Brasília e a busca por alianças estratégicas para a governabilidade. A nomeação e posse dos novos ministros serão realizadas após o retorno do presidente Lula da reunião do G20.
Redação