Revista Época relembra escândalo envolvendo Humberto Lucena no Senado e insinua que Dilma pode ter mesmo destino do político paraibano
O portal da revista Época relembrou o escândalo que envolveu o político paraibano à época em que foi presidente do Senado Federal. Com o título “Dilma e o caso Humberto Lucena”, a matéria compara a difícil situação vivida pelo “nome histórico do PMDB” (como foi caracterizado pelo texto) a um caso enfrentado atualmente pela candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT), levando a crer que os desfechos podem se repetir.
Em um breve histórico, o portal lembra que em 1993 foram impressos pela gráfica do Senado mais de 130 mil calendários com a foto do então presidente da Casa, com postagem paga pelo Legislativo Nacional. Com a repercussão negativa do fato, Humberto teve seu registro de candidatura cassado em 1994.
Em analogia, a matéria insinua que Dilma Rousseff pode enfrentar problema similar: uma denúncia feita pelo Jornal Folha de São Paulo revela que a Secretaria de Políticas para as Mulheres usou cartilhas e livros pagas com dinheiro público para exaltar Dilma Rousseff.
Leia a matéria na íntegra
A revelação pelo jornal O Estado de São Paulo de que a Secretaria de Políticas para as Mulheres usou cartilhas e livros pagas com dinheiro público para exaltar Dilma Rousseff traz à memória o que aconteceu na década de 1990 com o então senador Humberto Lucena (PB). Nome histórico do PMDB, Lucena presidia o Senado pela segunda vez e, em 1994, candidatou-se a mais um mandato pela Paraíba.
Em 1993, a gráfica do Senado imprimira 130 mil calendários de parede com foto de Lucena e um texto escrito pelo parlamentar. O material foi distribuído no estado com postagem também paga pelo Senado. O caso chegou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Lucena teve o registro da candidatura cassado no dia 13 de setembro de 1994. O tribunal considerou que o presidente do Senado cometera abuso do poder de autoridade, o que prejudicava os outros candidatos.
Lucena recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), conseguiu concorrer e foi escolhido pelos paraibanos para mais um mandato de oito anos. No final de novembro, porém, o STF confirmou a decisão do TSE e Lucena foi considerado inelegível.
O prestígio de Lucena fez o Congresso aprovar uma lei que anistiou o anistiou, junto com outros 15 eleitos acusados ou condenados por irregularidades na campanha. Em fevereiro de 1995, o perdão a Lucena foi sancionado pelo recém eleito presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi o primeiro desgaste político do tucano no Palácio do Planalto.
O caso Humberto Lucena virou referência no TSE e pode ser recordado com mais detalhes no site do tribunal. Trata-se de uma leitura valiosa para aliados e adversários da ex-ministra Dilma.
PB Agora
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