Após ter renunciado à direção do Hospital Padre Zé, o padre Egídio de Carvalho Neto, que até então estava em silêncio sobre o escândalo envolvendo o furto de aparelhos celulares e smartwatches da instituição, disse essa semana, durante entrevista à imprensa, que está à disposição para prestar depoimento sobre o caso. O religioso disse ainda que se encontra em Recife, onde acompanha um tratamento de saúde da mãe que está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Na última quinta-feira (21), ele passou a ser representado pelo advogado Sheyner Asfora, que garantiu que o cliente irá falar no momento oportuno. “Ele enfrenta um momento pessoal muito delicado por causa da doença da mãe, mas desde sempre esteve disponível para prestar informações sobre o caso”, disse o advogado.
Foi o próprio padre quem denunciou o roubo dos aparelhos ainda em agosto desse ano. Os equipamentos haviam sido doados pela Receita Federal, em maio, e seriam postos à venda no bazar solidário para arrecadar fundos para o Hospital Padre Zé.
Quando a direção do hospital decidiu fazer um levantamento dos itens, verificou que as caixas estavam vazias e que os produtos haviam sido furtados.
“Ainda não tive acesso aos autos, o que deve acontecer na segunda-feira. Só então poderei me pronunciar porque até agora o que chegou ao meu conhecimento foram deduções feitas por terceiros”, ponderou o advogado.
Até agora somente uma pessoa foi indiciada e se trata de Samuel Segundo, ex-coordenador de Tecnologia da Informação do hospital.