Exercendo uma participação cada vez maior na produção nacional, o etanol anidro produzido no estado da Paraíba subiu 16% no último ano, de acordo com dados do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool na Paraíba (Sindalcool-PB). Segundo o presidente do Sindalcool-PB, Edmundo Barbosa, o aumento na produção de etanol anidro, combustível acrescentado à gasolina bruta, será responsável por colocar a Paraíba em destaque no cenário nacional.
A safra de cana-de-açúcar do período 2020/2021 aumentou a produtividade paraibana e, atualmente, a estimativa é que a produção de etanol atinja 210 milhões de litros no novo ciclo que se iniciou este mês e que vai até março de 2022. “As usinas da Paraíba têm responsabilidade e compromisso com o abastecimento nacional nesse contexto de maior demanda do etanol anidro para a produção da gasolina”, disse, Edmundo Barbosa.
O presidente explica o porquê esse aumento de produção é benéfico ao consumidor. Segundo ele, o crescimento da produção aconteceu justamente em um momento em que a procura pelo combustível aumentou em todo o país. Isto porque, desde o ano passado, houve recuo nas importações de etanol anidro, devido à proibição das movimentações que ocorressem sem a aplicação de tarifas de aquisição. “O etanol importado recebe incentivos no país de origem e cria uma competição desigual. Com o dólar na cotação atual, conseguimos evitar a competição com os produtores da região Nordeste”, comentou Edmundo, onde destaca ainda que o etanol anidro entra na composição da gasolina para reduzir as emissões de poluentes tóxicos advindos de combustíveis fósseis e também para auxiliar no rendimento dos veículos.
Ainda de acordo com o presidente do Sindalcool-PB, atualmente, a tecnologia de utilização do etanol anidro na gasolina está sendo adotada até mesmo pela Índia, onde se encontram nove das dez cidades mais poluídas do mundo. Barbosa destaca que o etanol hidratado (aquele utilizado no abastecimento de veículos) é o biocombustível adequado para os consumidores que desejam aliar o rendimento do veículo à colaboração para redução das emissões de gases tóxicos. “Na transição energética que estamos iniciando, tanto a indústria automobilística quanto as usinas estão unidas para que o volume de dióxido de carbono por quilômetro possa ser reduzido”, afirmou.
Assista o vídeo Usina é Biotecnologia, que destaca o ciclo para a obtenção do biocombustível:
Redação