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Especialistas opinam sobre os desafios que os novos prefeitos já enfrentam na gestão pública das 223 cidades paraibanas

Analistas políticos comentaram sobre os desafios dos 223 prefeitos paraibanos que assumiram a 20 dias seus mandatos. Tanto para o professor e especialista em Gestão Pública, José Orcélio do Nascimento e o professor do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas, Avaliação e Gestão da Educação Superior da Universidade Federal da Paraíba (PPGAES/UFPB), Paulo Cavalcanti, os novos gestores têm a frente diversos, problemas nas economias da cidade e temas como saúde, mobilidade urbana e enchentes, por exemplo.

Para José Orcélio do Nascimento, os eleitos estão enfrentando questões complexas em questão de Administração Pública, como problemas estruturais nas áreas de saúde, administração e arrecadação de recursos, especialmente nos municípios menores.

“O prefeito é a figura mais acessível ao cidadão, sendo responsável por questões cotidianas que afetam diretamente a vida das pessoas, como a saúde pública. Muitas vezes, a solução encontrada é a contratação de Organizações Sociais de Saúde (OSS). No entanto, é fundamental que o gestor público saiba distinguir as OSS sérias e acompanhe de perto suas atividades”, diz o professor.

A falta de digitalização de processos e o excesso de burocracia também são pontos críticos que os novos prefeitos enfrentarão. “O conhecimento em gestão pública é essencial para que prefeitos e vereadores entendam a importância do cumprimento da legalidade nos processos administrativos. Governos mais digitais e eficientes são o futuro, e a implementação de mecanismos de governança pública é urgente”, salienta Nascimento.

Ainda conforme Orcélio, os desafios variam conforme o porte do município. Enquanto cidades maiores enfrentam dificuldades em lidar com a crescente demanda por serviços públicos, como transporte e educação, os municípios menores sofrem com a baixa arrecadação e a dependência de repasses dos governos federal e estadual. “A maioria dos pequenos municípios depende majoritariamente desses repasses, o que restringe sua autonomia financeira e capacidade de investimento”, comentou.

Assim também pensa Paulo Cavalcanti, onde destaca que a questão da desigualdade é histórica e sua superação passa pela ampliação dos chamados “mecanismos de equidade” que permitam aos grupos de baixa renda acessar empregos com remunerações mais altas. “Para reverter a desigualdade de renda, precisamos: ampliar o acesso da população aos níveis mais elevados de educação formal, especialmente o superior; dar amplo acesso à moradia (resolvendo o problema de habitação) e à saúde pública; e diversificar a atividade econômica, produzindo uma maior variedade de produtos e introduzindo atividades de maior conteúdo tecnológico e maior valor adicionado, permitindo a criação de mais e melhores empregos”, afirmou.

Maiores cidades da Paraíba em populações – Segundo os dados do Censo, as 10 maiores cidades da Paraíba em termos de população são: João Pessoa (833.932 habitantes), Campina Grande (419.379) Santa Rita (159.121), Patos (103.165), Bayeux (97.519), Sousa (67.259), Cabedelo (66.519), Cajazeiras (63.239), Guarabira (57.484) e Sapé (51.306). Juntos, os municípios correspondem a quase metade (48%) da população total do estado.

Redação

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