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“Essa é uma data para ser esquecida”, diz presidente do PT-PB sobre golpe militar

A voz da intelectualidade se calou. O bom debate foi proibido, projetos suspensos, ideais engavetadas. O giz que traçava as linhas do pensamento não rabiscou mais o quadro negro. Negro também ficou o dia. Segundo o presidente estadual do PT, Jackson Macêdo, com o regime militar que se instalou em 1964 e reinou por longos anos, professores e intelectuais brasileiros também foram presos, ameaçados e impedidos de difundir o conhecimento e de promover o que era uma promessa de transformação. “Essa é uma data para ser esquecida”, diz o petista.

De acordo com o presidente do PT-PB, o 31 de março sempre será um dia de tristeza para o país porque, na madrugada daquele dia para o dia 1º de abril de 1964, o país viveu as horas mais tristes de sua vida nessas últimas décadas. Jackson salientou que o Brasil tem de comemorar e trabalhar todo dia e toda hora é pela manutenção do regime democrático, pela democracia, isso porque, mesmo também sendo um regime que tem problemas, é o melhor de todos eles. “A democracia é um estado permanente de organização e participação e ela está sempre se aprimorando todos os dias. Desta forma convoco a juventude e a população de um modo geral para participar da plenária de hoje com os partidos de esquerda”, disse.

Ditadura na história – Alguns foram presos, espancados torturados física e psicologicamente, outros morreram dentro dos porões da ditadura. Alguns foram exilados, outros se auto exilaram. Alguns preferiram viver na clandestinidade lutando para derrubar o regime militar instaurado em 1964.

Muitas pessoas foram presas, torturadas ou exiladas durante o período da Ditadura. Muitas permanecem desaparecidas. Muitas pessoas foram presas, torturadas ou exiladas durante o período da Ditadura. Muitas permanecem desaparecidas.

Universidades foram invadidas por tropas e pela policia. Equipamentos foram apreendidos e danificados. Fichários provas de alunos, históricos escolares foram destruídos e vandalizados. A censura na rádio e na TV começou a se mostrar em todo o território nacional. Depois do golpe militar de 1964 muitos educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muitos foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram à vida privada, e outros, demitidos, outros trocaram de função. Foram anos de chumbo o período entre 1964 e 1985. Ocorria no contexto uma disputa entre o mundo capitalista e o comunista.

Um golpe militar caracteriza-se pela tomada do poder de um país pelos militares, num golpe de Estado, instaurando um regime de ditadura militar com o pretexto de defender o país de interesses exteriores ou de ameaças interiores. Quando o golpe militar aconteceu em 1964, algumas pessoas pensavam que aquela situação seria passageira. No entanto, ele veio com as mesmas características dos demais, ou seja, foi feito na “calada” da madrugada. Quando a população acordou os militares já estavam no poder.

A repressão que calou vozes criou um vazio que tornou cinzento os anos seguintes. Até os dias atuais estamos lutando para resgatar os valores perdidos como as organizações estudantis, os sindicatos e outros mais movimentos.

Nesse longo período da história brasileira, do chamado Regime Militar, o Brasil teve vários presidentes que governaram através de atos institucionais e complementares:

  • Governo Castelo Branco (1964 a 67),
  • Governo Costa e Silva (1967 a 69),
  • Junta Militar (de agosto a outubro de 1969),
  • Governo Médici (1969 a 74),
  • Governo Ernesto Geisel (1974 a 79),
  • Governo João Figueiredo (1979 a 85, quando começou a transição de volta à democracia).

Redação

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