Estela Bezerra defende participação feminina na política e dispara: “No Brasil a política é masculina e branca”
O plenário do Senado aprovou, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 98/2015, que estabelece cotas para mulheres nos Legislativos municipais, estaduais e federal, exceto no Senado. A proposta é da Comissão Especial da Reforma Política.
O texto aprovado prevê a reserva de 10% das cadeiras nas próximas eleições, 12% nas eleições seguintes e 16% nas que se seguirem. A PEC vai agora para a Câmara dos Deputados, onde um projeto semelhante foi rejeitado.
Na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), dos 36 parlamentares eleitos no último pleito, apenas 3 são mulheres, o que representa apenas 8,33% de representação feminina.
Para a deputada Estela Bezerra (PSB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e vice-presidente da Comissão da Mulher na ALPB, a aprovação é um avanço e uma tentativa de garantir e preservar uma representação mínima de mulheres no parlamento. De acordo com Estela, a ALPB já teve 12% de ocupação feminina, tendo hoje pouco mais que 8%. Mas, para a deputada, a participação feminina na política tem que ser tratada na dimensão politica, na dimensão jurídica e na dimensão cultural.
"Não existem mulheres competindo na política. Para existirem mulheres competindo precisa que muitos ajustes sejam feitos: a jornada de trabalho da mulher é maior, a carga de trabalho doméstico toma muito tempo na agenda das mulheres. Nós que participamos da política claramente percebemos como os homens tem uma agenda muito voltada para a vida pública e a gente tem uma sobrecarga de acúmulos de atividades dessa vida pública e da vida doméstica e isso vale em qualquer atividade de trabaho, mas na política faz uma grande diferença" pontuou Estela.
Questionada se falta interesse das mulheres a se candidatarem às vagas na política Estela foi clara em dizer que não falta interesse, mas sim uma falta de democracia na disputa.
"Não falta interesse, a regra é toda masculina, o ambiente político é muito masculino, dizer que a política é masculina e branca no Brasil é uma verdade porque se você analisar o perfil é esse. Então a regra do jogo é criada para esse perfil e com muita interferência economica; se você observar as mulheres ganham os menores salários e são menos detentoras de propriedades e na política, do jeito que é hoje, uma outra mudança que deve ser feita é no financiamento das campanhas porque as campanhas das mulheres não são só em menor número, são as mais pobres também, tanto economicamente como em termos de estrutura, então tem que se mudar em todos esses patamares para que se possa realmente democratizar a disputa" pontuou.
PB Agora
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