Categorias: Política

Estimular armamento para combater a violência é como tentar curar alcoolismo com cachaça

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Arma de fogo não serve para absolutamente nada a não ser para matar, para colecionador ostentar ou a prática do esporte de tiro.

É claro que o projeto brotado da “genialidade” do presidente Jair Messias Bolsonaro, de armar a população, nem de longe é para estimular o esporte de tiro ao alvo, tampouco dar um plus no acervo bélico dos colecionadores. Talvez nem para combater a violência.

Acredito que, originalmente, este projeto objetiva exclusivamente favorecer os fabricantes e comerciantes de armas. Afinal, já vimos nas mídias sociais Bolsonaro no papel de garoto propaganda de armas de foto, lembram?!

Imaginar que vai combater a violência ou pelo menos diminui-la armando a população é não ter um pingo de bom senso.

Arma deve ser de uso e manuseio exclusivo de Polícia e Exército, que são preparados para lidar com este tipo de equipamento.

Já dá para se imaginar o que vai ser de tiroteio em via pública por causa desavenças motivadas pelo estresse do trânsito. Maridos vão meter arma a cara das mulheres com força e outro tanto irá mesmo atirar.

É pra lá de falho o argumento de que o Estatuto do Armamento tirou a arma do “cidadão de bem” (morro de medo desse povo…) e colocou nas mãos dos bandidos. De jeito nenhum. O bandido só tem arma justamente porque é marginal, atua à margem da lei.

Exército…

Já se deram conta de que, a partir do projeto de Bolsonaro os integrantes do Movimento Sem Terra (MST) terão direito a ter sua arma?… Pelo projeto, tanto os proprietários rurais quando os que habitam a zona rural, podem possuir armas.

Casa de ferreiro…

Pense numa ingenuidade sem tamanho acreditar que se armando vai impedir do bandido assalta-lo. Ora, o bandido já assaltou e tomou a armado próprio Capitão Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro e levou a sua arminha de seis mil reais. E, olha, estamos falando de um homem do Exército, treinado para manusear armas.

Defunto ou…

Já vivi duas situações que poderiam justificar ter uma arma. Para os apoiadores do armamento, justificam totalmente: foi quando fui assaltado em plena via pública, em duas ocasiões. Agora vejamos: se eu estivesse armado, só teria duas alternativas: ou seria defunto ou criminoso, ou seja: ou mataria o assaltante ou ele me mataria. Pela lógica, quem de nós dois estaria debaixo da terra?..

 

Wellington Farias

 


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