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ESTREMECIMENTO: vereador primo de Romero cobra transparência na CMCG; presidente reage e diz que diálogo é marca de sua gestão

2020 ainda está longe, mas a disputa pela Prefeitura Municipal de Campina Grande, já tem causado estremecimento no Poder Legislativo da cidade. Alguns vereadores governistas tem demonstrado insatisfação com a presidente da Casa, vereadora Ivonete Ludgério (PSD), esposa do deputado estadual e pré-candidato ao Palácio do Bispo, Manoel Ludgério (PSD). Pelo menos, três parlamentares se recusaram a tomar posse na Mesa Diretora.

Ontem, na abertura dos trabalhos legislativos, o vereador Márcio Melo (PSDC), afirmou que os vereadores estão pedindo transparência e participação na casa. Ele citou que é preciso que a mesa diretora seja convocada para discutir assuntos importantes para a Câmara, como pagamento ou corte de funcionários.

– O pedido que está sendo feito na mesa é mais transparência. A gente não está acusando ninguém, estamos pedindo participação. Vivemos numa democracia, não em uma ditadura, em que só um manda. Se eu não tiver autonomia, eu prefiro renunciar – disse.

Márcio que é primo do prefeito Romero Rodrigues (PSDB), destacou que diversos vereadores concordam com a necessidade de maior participação na casa e ressaltou que não tem nada contra a vereadora e presidente da Câmara Municipal de Campina Grande.

 

Ivonete Ludgério rebateu ao colega de bancada e afirmou que nunca houve tanta transparência na casa como existe em sua gestão e citou que é uma pessoa aberta ao diálogo, que gosta de ouvir a mesa diretora e os demais vereadores antes de tomar decisões. Ela destacou que se houver divisão de poderes da Câmara, todos os aspectos e exigências da presidência devem ser igualmente separados.

– Em nenhuma gestão teve tanta transparência como a gestão de Ivonete Ludgério. Essa questão não me atinge. Essa questão de diálogo, eu sou a pessoa que mais gosta de dialogar – disse.

 

Em relação a composição da Mesa Diretora, Ivonete estabeleceu um prazo até a próxima quinta-feira, 7, aos vereadores Márcio Melo (PSDC), Sargento Neto (PRTB) e Saulo Germano (PSDC) para que eles decidam se irão tomar posse ou não nos cargos de secretários.

Os três parlamentares, que faltaram a posse em 1° de janeiro por afirmarem que os cargos de secretários não têm funcionalidade, terão que, caso desistam de fato, abdiquem das funções da Mesa por escrito.

Conforme Ivonete, os vereadores em questão querem, na verdade, é ter o poder de decisão com o setor financeiro da Casa e com os funcionários, ou seja, as funcionalidades que são de competência da presidência, mas que para isso eles teriam também que ser solidários nas prestações de contas.

– Cada um tem o seu papel. Não foi a presidente Ivonete quem criou o regimento e nem quem colocou as funções de cada um. Cada um faz a sua função. O que esses vereadores, pelo menos esses três e mais alguns, querem é uma questão muito difícil, que não existe aqui na Paraíba e nem no Brasil, que é mexer com a questão financeira e de decisão de funcionários, a coisa toda burocrática da presidência. Na realidade, quem passar a mexer com isso vai ser solidário na hora de responder ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público – explanou.

 

 

Em meio a esse clima, a Câmara Municipal de Campina Grande retomou as atividades legislativas nessa terça-feira (5). A sessão se estendeu até as 14h e foram definidos os integrantes das 13 comissões permanentes da Casa.

A primeira sessão do ano não contou com a presença do prefeito Romero Rodrigues (PSDB), que por motivos médicos solicitou que fosse agendada uma outra data para levar a mensagem do Poder Executivo à Casa de Félix Araújo.

 

A sessão contou com a presença dos 23 parlamentares campinenses. Maior parte fez uso da tribuna para apresentar suas expectativas para esse início de período legislativo.

Seguindo o que prevê o Regimento Interno do Poder Legislativo campinense, a sessão foi suspensa por volta das 11h e todos os vereadores se reuniram no Salão Nobre para deliberar sobre a formação das Comissões Permanentes. Em comum acordo e atendendo às solicitações das duas bancadas, foram definidas as composições das 13 comissões.

Após a definição, os vereadores voltaram ao plenário e foi feita a leitura das comissões, para em seguida encerrar a primeira sessão do ano.

 

PB Agora

 


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