Ex-assessor e amigo há décadas de Jair Bolsonaro (PL), o jornalista Waldir Ferraz queixou-se a um interlocutor de estar sendo injustiçado pelo entorno presidencial.
Em áudios obtido pelo Painel, ele reclama de ter sido preterido para posições política e menciona especificamente Tercio Arnaud, ex-assessor do Palácio do Planalto que foi indicado para ser suplente do candidato ao Senado Bruno Roberto (PL-PB). Arnaud é membro do chamado “gabinete do ódio” instalado no governo.
“É muita putaria o que fizeram comigo, todo mundo se deu bem. Aquele babaca daquele Tercio virou suplente de senador do cara que vai ganhar. Não é uma putaria fazer um negócio desse? Por que não me botou? Sou muito mais útil do que ele, tenho muito mais competência do que ele, mas no entanto, eles são os melhores”, desabafa Ferraz no áudio, enviado na segunda-feira (20) ao amigo.
Pré-candidato a deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, Ferraz reclama também de ter sido exonerado de um cargo de confiança na Secretaria de Esportes do estado, embora ele tenha dito ao Painel que havia sido nomeado para o posto contra sua vontade.
“Fui demitido lá da secretaria, até hoje não falaram nada comigo. Eu estou na minha aqui, vou cuidar da minha vida, estou correndo atrás feito um filho da puta para ganhar essa eleição. Dizem que eu estou bem, vamos ver se eu estou realmente”, afirma.
Ao Painel, Ferraz afirmou que os áudios não refletem sua opinião real. “Só falei isso para me livrar do cara, que estava me enchendo o saco e reclamando de tudo”, diz ele.
Ele diz não ter nada contra Arnaud e afirma que sempre foi “muito bem tratado” pelo governo. “Muita gente tem inveja de mim, por ter sido bem tratado pelo presidente. Ralei muito para chegar até aqui”, disse.
Além de ser amigo do presidente, Ferraz é conhecido por ser um dos organizadores das motociatas de que Bolsonaro participa em vários locais.
Informações do Painel, da Folha de SP