A busca pelo fortalecimento das forças políticas progressistas na Paraíba e no país, além do apoio à candidatura do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que buscará reocupar o cargo eletivo nas eleições de 2022. Esses assuntos foram discutidos entre o diretório estadual do PSB com o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, ocorrida na quarta-feira (21) de maneira remota.
A revelação partiu da deputada estadual Cida Ramos, que faz parte da direção do partido socialista na Paraíba. Em conversa exclusiva com este colunista, a parlamentar informou que a agremiação política a qual pertence está focada em expandir seus quadros no próximo pleito, após ter diminuído significativamente de tamanho após a saída do governador João Azevêdo da legenda, que hoje está no Cidadania.
Indagada se a legenda vai apoiar o chefe do Executivo estadual que busca a reeleição, Cida Ramos disse que tudo está sendo avaliado, explicando que Carlos Siqueira deixou tal incumbência ao diretório estadual. Instada a falar sobre a possível postulação do ex-governador Ricardo Coutinho ao Senado e se teria algum óbice vindo da executiva nacional do partido, Cida Ramos foi categórica: “Tudo será definido na hora certa”, explicando que a decisão será tomada pelo diretório estadual, como ficou acordado durante a reunião.
O discurso de Cida Ramos vem sendo mantido pelo presidente da legenda na Paraíba, o deputado federal Gervásio Maia, com a chancela de Siqueira. A deputada lembrou que Ricardo Coutinho é filiado ao PSB que, na teoria, pode ser candidato por estar presente nas fileiras do partido.
Embora seja público o rompimento envolvendo Maia e Coutinho, Cida Ramos foi polida e teve o devido cuidado de não falar sobre tal querela. Ela preferiu ressaltar o desejo do partido na reeleição de Gervásio Maia e na manutenção da bancada socialista estadual e até mesmo a expansão dos representantes da sigla na Assembleia Legislativa da Paraíba.
Com tal afirmação, fica óbvio que Ricardo Coutinho, antes o baluarte do PSB na Paraíba é, hoje, motivo para análise. Sua decisão unilateral em buscar uma vaga no Senado mostra o seu mais puro isolamento dentro da legenda. Por fim, Cida Ramos afirmou que não está em seus planos sair da agremiação e se filiar ao PT, fato que pode ocorrer com Coutinho caso ele não tenha respaldo do partido à sua postulação nas eleições do próximo ano.