Para o pedestre atravessar em alguns trechos da Avenida Manoel Deodato, no bairro da Torre, em João Pessoa, é preciso paciência e contar com o bom senso dos condutores. Mesmo posicionadas na área reservada a passagem dos transeuntes, para muitos condutores os pedestres parecem invisíveis, assim como as faixas, que estão quase desaparecendo de tanto desgaste.
“De manhã cedo, perto do meio dia e no fim da tarde são os piores horários para o pessoal passar aqui. Tem que esperar um bocado para atravessar porque os motoristas não param. Se arriscar passar, é perigoso um acidente”, contou o marceneiro Gervásio Brito, que tem um ponto comercial na Avenida Manoel Deodato.
Alguns metros a frente, no cruzamento com a Avenida Luis Lianza, nem mesmo o posicionamento da faixa em frente a uma escola sensibiliza os condutores. O movimento de crianças e pessoas atravessando a via é praticamente constante, assim como o risco de atropelamentos.
A autônoma Patrícia Silva conta que nem mesmo quando os pedestres sinalizam com a mão que precisam atravessar, os condutores respeitam. “Aqui é uma luta para atravessar. A gente dá com a mão, espera, mas a maioria não para. O perigo maior é na entrada e saída das crianças na escola”, reclamou. Ainda no bairro da Torre, a Avenida Ministro José Américo de Almeida, a Beira-Rio, conta com várias faixas de pedestre necessitando de revitalização.
O que acontece em trechos da Torre também é recorrente em outros bairros da capital, como no bairro Geisel, (Avenida Deputado Petrônio Figueiredo) e Manaíra (Avenida Maria Rosa). As faixas e as lombadas físicas em frente ao Centro Universitário de João Pessoa estão com a pintura quase sumindo. Já em Manaíra, em um trecho da Avenida Maria Rosa, onde um aposentado morreu atropelado no último dia 22, os pedestres enfrentam o mesmo dilema.
Redação