O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início aos preparativos para um evento para marcar os dois anos das manifestações de 8 de janeiro, tidos como um dos momentos mais delicados da democracia brasileira. Diferentemente do ato realizado em 2024 no Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), este ano a cerimônia será realizada no Palácio do Planalto e contará com a presença das lideranças dos três poderes, ministros de governo e representantes partidários.
Convites já foram enviados a figuras centrais do cenário político, como Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados) e Rodrigo Pacheco (presidente do Senado), além de nomes cotados para a futura liderança das Casas, como David Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB). No entanto, até o momento, Lira e Pacheco não confirmaram presença, segundo informações do blog de Tainá Falcão, da CNN Brasil.
A cerimônia ocorre em um cenário político marcado por discussões em torno do projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos de vandalismo de janeiro de 2023. O texto está paralisado na Câmara dos Deputados, aguardando a formação de uma Comissão Especial, solução defendida por Arthur Lira para evitar atritos na transição da liderança da Casa.
Além disso, há especulações sobre novas denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros de seu governo. O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, é aguardado para apresentar avanços nas investigações, que incluem figuras militares e ex-ministros.
Lula, que solicitou a presença de todos os ministros, vê a cerimônia como uma oportunidade de reafirmar os compromissos democráticos e promover um apelo por estabilidade.
PB Agora