Além da mulher, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, tem um filho empregado como assessor parlamentar. O advogado José Luís Galamba Minc Baumfeld, de 27 anos, está lotado desde o início do ano no gabinete do vereador petista Adilson Pires na Câmara de Vereadores do Rio. O vereador, líder do governo do prefeito Eduardo Paes (PMDB) na Câmara, nega ter empregado o rapaz a pedido do ministro. Conhecido nos corredores da Câmara como Zezé, o filho de Minc foi nomeado para o cargo em comissão de Assistente 1, símbolo DAS-6, com salário bruto de R$ 4.587, aumentando a lista de parentes de políticos empregados nos gabinetes da Casa.
Em abril, a mulher de Minc, Maria Margarida Galamba de Oliveira, também ganhou um cargo de secretária parlamentar, mas em Brasília, onde o ministro carioca passa a maior parte da semana desde que se tornou ministro do Meio Ambiente. Conhecida como Guida, ela foi nomeada no gabinete da deputada federal Cida Diogo (PT-RJ) na Câmara, ocupando a vaga de uma funcionária que foi empregada no Ministério do Meio Ambiente, numa espécie de nepotismo cruzado que o ministro negou. O salário dela é de cerca de R$ 4 mil. Cida e Pires integram a mesma corrente petista, a Mensagem ao Partido, liderada nacionalmente pelo ministro da Justiça, Tarso Genro.
Procurado na Câmara, José Luís não foi encontrado. Segundo Ribamar Pereira, chefe de gabinete de Pires, o rapaz participou da campanha do vereador, mas não foi contratado por motivos políticos. “Ele é um assessor técnico, está todos os dias no plenário e tem excelente desempenho”. Embora não saiba informar sobre a experiência profissional dele, Pereira disse que ele foi escolhido por seu “notório saber em direito constitucional”. Em nota, Pires reiterou que a contratação do rapaz, formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) com especialização em Direito Público, “se deu por critérios técnicos e de confiança política, não por indicação do pai”. O vereador destaca que o rapaz é filiado ao PT e mostrou bom desempenho como advogado de sua campanha em 2008.
Estadão