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Focco-PB vai estimular cidadãos a pesquisar antecedentes de candidatos

O Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco-PB) quer incentivar os cidadãos a buscarem informações sobre o passado de pessoas que se declararem candidatas a cargos eletivos, como também a contribuírem para que os ‘fichas-sujas’ não tenham êxito nas próximas eleições. A formatação dessa campanha – que deve oferecer informações e ferramentas para que os cidadãos pesquisem e informem aos órgãos fiscalizadores sobre a vida pregressa de pré-candidatos – foi um dos assuntos da 3ª reunião ordinária do ano, entre os representantes dos órgãos integrantes do Focco-PB. O encontro aconteceu na manhã desta segunda-feira (7/5), no edifício-sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB), na Capital.

A reunião foi presidida pelo coordenador estadual do Focco, o procurador Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, e contou com a participação de Victor Carvalho Veggi, procurador regional eleitoral na Paraíba; Leonardo Quintans (promotor de Justiça do MPPB); Sérgio Rodrigo Castro Pinto (Ministério Público Federal – MPF); Hamilton Sobral Guedes (Receita Federal do Brasil – RFB); Ronaldo Honorato, André Delgado e Jocelino Júnior (Tribunal de Contas da União – TCU); Abílio Sérgio Correia Lima (Ministério do Trabalho – MTB); João Ricardo Coelho (Junta Comercial – Jucep); Rodrigo Paiva e Walber Silva (Controladoria Geral da União – CGU); Ênio Norat (Tribunal de Contas do Estado – TCE); Gilmar Martins (Controladoria Geral do Estado – CGE) e Ciliana Gervásio (Secretaria de Estado da Receita – SER).

De acordo com o procurador eleitoral na Paraíba, Victor Veggi, a ideia é que a população saiba mais sobre a pessoa que está pedindo seu voto e também se torne parceira dos órgãos de fiscalização no combate aos ‘fichas-sujas’. Embora o prazo para o registro de candidaturas só termine em 15 de agosto, as pessoas que convivem nas comunidades onde esses pretensos candidatos atuam ficam sabendo com antecedência sobre suas pretensões e podem se antecipar na pesquisa de seus antecedentes e no envio de informações ao Ministério Público Eleitoral.

São várias as situações que tornam uma pessoa inelegível e muita gente não sabe, por exemplo, que uma pessoa que foi demitida de um cargo público ou teve seu registro profissional cassado pode se tornar inelegível. A ideia é que todas essas informações, como também as ferramentas para que as pessoas possam pesquisar a vida pregressa dos pré-candidatos sejam disponibilizadas pelo Focco-PB. A previsão é que essa campanha seja iniciada em julho, três meses antes das eleições.

Controle Interno e Integridade Empresarial

Ainda na reunião desta segunda-feira foram apresentados os encaminhamentos dos grupos de trabalho (GTs) de Controle Interno e Integridade Empresarial. Os integrantes do GT deControle Interno informaram aos demais membros do Focco que se reuniram, na semana passada, e deram os primeiros passos para a realização de um diagnóstico da situação atual dos municípios em relação a existência e funcionamento de órgãos de controle interno.

Foi entregue ao presidente do TCE um pedido formal para que solicitasse aos municípios paraibanos que respondessem um questionário e o encaminhassem juntamente com o balancete do mês de maio. Com os dados, serão planejadas as ações e medidas para fomentar a criação, expansão e fortalecimento desses órgãos. O GT é coordenado pela CGU, com a participação de representantes da CGE, MPF, MPPB e TCE.

Os integrantes do GT de Integridade Empresarial também iniciaram o planejamento para a realização de um diagnóstico das empresas que têm alguma iniciativa de integridade, com ênfase nas que contratam com órgãos públicos. A ideia é mapear, primeiramente, os maiores contratos com municípios, Estado e Governo Federal para chegar a essas empresas. Também serão pedidas informações ao Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) e Federação do Comércio (Fecomércio).

O trabalho junto às empresas será, primeiramente, preventivo e educativo, buscando sensibilizá-las para a importância de ter um programa de integridade, pois também estão sujeitas à corrupção. Em um segundo momento, o Focco deve recomendar aos municípios paraibanos que regulamentem a Lei Anticorrupção Empresarial (Lei Federal 12.846/2013). O GT que discute a integridade de empresas privadas é conduzido pela CGU, com a participação da CGE, MPPB, MPF, TCU e Junta Comercial.

 

Redação 

 

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