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Frei Anastácio critica corte de diálogo do Incra na gestão Bolsonaro com movimentos sociais

"Nem na ditadura houve tamanha imposição", desabafou

Do deputado federal Frei Anastácio (PT), para quem o ouvidor nacional do Incra, coronel do Exército João Miguel Sousa Maia, é autoritário ao recomendar que as superintendentes do órgão nos estados não recebam os movimentos sociais do campo: “Isso representa o fim do diálogo que o Incra sempre manteve com os movimentos ligados à terra. No governo de Bolsonaro, esse diálogo está sendo cortado de forma autoritária”.

“O coronel simplesmente recomenda aos superintendentes regionais do Incra a não receber as entidades, ou representantes que não possuem personalidade jurídica, a exemplo do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Um verdadeiro absurdo”, disse o deputado.

 

O parlamentar relata que o Ouvidor vai mais longe ainda ao afirmou que “não deverão ser atendidos invasores de terras (estes devem ser notificados conforme a lei)”. “Isso representa o fim de um diálogo que o Incra  sempre manteve com os movimentos sociais ligados à terra, desde sua criação. A Reforma Agrária registrou em seu percurso muitas mobilizações, ocupação de terra, protestos nas ruas e muito diálogo entre trabalhadores e Incra. No governo de Bolsonaro esse diálogo está sendo cortado de forma autoritária e excludente”, disse.

 

Frei Anastácio argumentou, que nem mesmo durante a ditadura militar houve tamanha imposição e falta de respeito com os movimentos sociais ligados ao campo. “Já não basta o sucateamento do Incra e o corte de recursos para a reforma agrária, impostos pelo governo, agora vem essa posição cortando o diálogo com os trabalhadores. Mas, pelo que conheço os movimentos sociais, eles não irão se intimidar nem recuar na luta pela terra e na terra”, disse o deputado.

 

 

Redação

 

 


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