O deputado federal Frei Anastácio (PT/PB) disse que a cada dia, Bolsonaro acumula mais “sujeira debaixo do tapete do governo”, com a adoção de estratégia de sigilo para tentar esconder a corrupção que se instalou em sua gestão. “Ele procura esconder, cria cortinas de fumaça para distrair, mas o povo está consciente e sabe que esse governo está mergulhado na corrupção”, disse o deputado.
O parlamentar relata que “a mais recente crise instalada no Ministério da Educação e Cultura (MEC), causada pela divulgação de informações da visita de pastores lobistas ao Palácio do Planalto deixou evidente o modus operandi do Governo: decretar sigilo sobre situações que podem viraram escândalos, para evitar que o governo se desgaste cada vez mais” comentou Frei Anastácio.
O parlamentar diz ainda que essa prática é recorrente no governo Bolsonaro. “O Governo tem se estabelecido na falta de transparência e na não divulgação de informações que são de interesse público. Para Bolsonaro, se não existe informação, não existe corrupção”, acusou.
Escândalos escondidos por 100 anos
Frei Anastácio lembra ainda que os pedidos de sigilo feitos pelo Governo são de até 100 anos, a exemplo de informações sobre o cartão de vacina do Presidente, escândalo que envolveu o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, compra da vacina Covaxin, sigilo sobre o projeto de reforma administrativa, sigilo sobre visitas feitas ao Palácio do Planalto pelos seus filhos, Carlos e Eduardo Bolsonaro. Além disso, existem os afastamentos e exoneração de cinco delegados da Polícia Federal que investigavam familiares e amigos. “Bolsonaro age assim, tentando esconder e desmontar qualquer denúncia que atinja o governo e sua família. Fazendo justamente o contrário do que prometeu durante a campanha de 2018. Enganou quem acreditou em mais essa mentira”, destacou.
O deputado paraibano disse ainda que a justificativa de que o sigilo respeita a Lei Geral de Proteção de Dados não convence. “As informações que estão guardando sigilo são de eventos passados, de pessoas públicas em pleno exercício de seus mandatos, portanto a sociedade brasileira merece ter acesso a essas informações. A Lei é para proteger e não para acobertar crimes”, concluiu.
Da Redação com assessoria