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Frei pede investigação do MPF para eleição na UFPB

O deputado estadual Frei Anastácio (PT) disse hoje (29), na Assembléia
Legislativa, que está encaminhando ao Ministério Público Federal uma
representação com denúncias de uso da máquina pública do governo do estado
na eleição para reitor da Universidade Federal da Paraíba. “As denúncias,
que estão num dossiê enviado do meu gabinete, são graves e precisam ser
investigadas”, disse o deputado.

Segundo Frei Anastácio, as ações identificadas e documentadas pelos
professores da UFPB mostram a influencia da máquina administrativa do
estado em favor da candidata Margareth Diniz. “Essa ação do governo do
estado é uma ameaça a autonomia da Universidade. Um governador que tira
recursos da UEPB, mas que quer eleger uma reitora na Universidade Federal.
Até o marqueteiro do governo do estado aparece nas páginas de jornal, ao
lado de Margareth Diniz, fazendo cobertura do pré-lançamento da candidatura
dela”, disse o deputado.

O parlamentar denunciou que o coordenador de comunicação institucional da
Secretaria de Comunicação do estado, Xico Raimerson, fez a tal cobertura
para divulgar nas redes sociais, como Twitter e Facebook. “E aqui eu tenho
provas disso, nesse dossiê, que foi enviado para meu gabinete” destacou.

 

Frei Anastácio disse ainda, com base no dossiê, que nos meses de março e
abril, em plena campanha para reitor, uma estudante universitária revelou
que prestava serviço a Xico Raimerson para cuidar da imagem de Margareth
nas redes sociais. “O dossiê, que tenho, mostra que a campanha de Margareth
teve um gasto semelhante às campanhas a prefeitos de grandes cidades. Já no
desfile do bloco Muriçocas do Miramar, ela instalou um camarote luxuoso na
Epitácio Pessoa, com muita comida e bebida de graça”, relatou.

A larga distribuição de material gráfico durante a campanha, segundo o
dossiê, também chamou a atenção da comunidade universitária. O deputado
disse que a quantidade de material distribuído por Margareth superou o que
os outros quatro concorrentes fizeram juntos.

“Foi uma campanha de muito dinheiro. E ai fica a pergunta: de onde a
professora Margareth tirou tanto dinheiro? De ajuda de amigos? De
empréstimos? Ou do governo do estado? É preciso que seja investigado”,
indagou

O dossiê mostra que o poder econômico veio também da prefeitura de João
Pessoa. Uma das formas de influenciar foi a distribuição de quinhentas
bolsas de estágios para estudantes universitários em plena campanha. “As
bolsas foram doadas pela secretária de educação do município, Ariane Sá,
esposa de Lúcia Flávio, chefe da Casa Civil do Governo. Outro fato
vergonhoso foi o uso de carros de transporte escolar com a marca do governo
do estado para transportar pessoas para votar em Margareth, no dia da
eleição”, disse.

O parlamentar afirmou que tudo isso está documentado em fotos e vídeos.
Além disso, houve o uso de vãs particulares contratadas para transporte de
eleitores. ”O governo do estado ainda tentou fazer manobras políticas para
deixar só Margareth como candidata, mas isso ele não conseguiu.

O que podemos concluir é que, de acordo com esse dossiê, existem fortes
indícios da interferência do governo do estado da Paraíba na eleição para
reitor da UFPB. Uma interferência voltada para a candidata Margareth
Diniz”, afirmou.

 

Ascom

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